A directora de gabinete do Presidente da Tunísia, Kaïs Saïed, foi brevemente hospitalizada depois de ter aberto um correio suspeito endereçado ao chefe de Estado tunisino. Segundo a presidência do país norte-africano, o correio significa que houve uma tentativa de envenenamento.
Uma investigação foi aberta depois da recepção do correio supeito e segundo a imprensa tunisina, a carta enderaçada ao Presidente Kaïs Saïed, continha rícino, um veneno potencialmente mortal.
A carta, cujo envelope vazio foi aberto por Nadia Akacha, directora do gabinete presidencial, provocou um mal-estar a colaboradora do chefe de Estado tunisino, que perdeu parcialmente a vista e teve fortes dores de cabeça.
Sintomas idênticos, embora com menos intensidade, verificaram-se num funcionário do secretariado do mesmo gabinete, que se encontrava na sala, quando Akacha abriu o envelope.
Nadia Akacha, que foi internada brevemente no Hospital Militar de Tunes, está agora em convalescença.
De acordo com o procurador de Tunes, Mohsen Dali, o correio com rícino, que tinha chegado à presidência na segunda-feira, ainda não foi analisado .Por ora não se identificou qualquer suspeito, envolvido na tentativa de envenenamento do presidente.
O gabinete presidencial informou que Kaïs Saïed, está de boa saúde e que ele recebeu uma mensagem do seu homólogo argelino, Abdelmadjid Bouteflika, na qual o último inquiriu sobre o seu estado de saúde, chamando-o de "irmão".
Todos os correios enviados ao chefe de Estado tunisino, foram imediatamente examinados pelos serviços de segurança, numa dependência exterior à presidência.
A substância contida na carta é altamente tóxica, e provoca a morte instantânea. A mesma é extraída das favas do rícino, uma planta cultivada na Índia, na China e no Brasil, extremamente perigosa e muito mais tóxica do que o veneno de uma víbora.(x) Fonte: RFI