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domingo, 31 janeiro 2021 08:45

Pelo menos 16 activistas mortos em Cafunfo-Lunda Norte, Angola

O Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwé apelou a manifestar este sábado, 30 de janeiro na vila mineira de Cafunfo para exigir o reconhecimento da autonomia das Lundas, manifestação que foi proíbida pelas autoridades locais, mas os activistas saíram à rua, a polícia disparou, matou 16 activistas e feriu 19, alegando "um acto de rebelião armada", o que desmente Lungamana Tchimudi.

O Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwé, que luta pela autonomia das Lundas, afirma que a manifestação apesar de proíbida, foi pacífica, ninguém estava armado e acusa a polícia e as forças armadas de "actos bárbaros" por terem disparado contra cidadãos indefesos, que saíram às ruas este sábado, 30 de janeiro, desafiando a proibição em Cafunfo, município de Cuango, província da Lunda Norte.

O governador provincial do Cuango Félix Daniel, não autorizou a manifestação, alegando a proibição de ajuntamentos de mais de 10 pessoas devido à pandemia da Covid-19 e à não legalidade deste Movimento.

Segundo Lungamana Tchimuni, responsàvel pela informação em Cafunfo do Movimento que luta pela autonomia das Lundas, "a ordem [de repressão] veio do governador provincial da Lunda Norte Ernesto Muangala...são 16 mortos, 19 feridos e alguns estão na mata e não sabemos se estão vivos ou não...os manifestantes não estavam armados, nem com catanas", como alega a polícia.

Lungamana acrescenta ainda que nas Lundas "estamos a passar mal, a estrada está mal, quando bate chuva não se consegue passar com o carro, nós aqui não temos água, não temos luz...nós queremos o nosso direito, que é a autonomia das Lundas...nós aqui não temos o benefício do governo, o governo não faz nada e tentar reclamar aqui é problema." (x)Fonte:RFI

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