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sexta-feira, 20 novembro 2020 14:00

Ossufo Momade retira guerrilheiros nas minas de Dhlakama

O jornal Savana desta sexta-feira (20.11.2020) avança que na localidade de Nhamahasse, posto Administrativo de Nhampassa , distrito de Báruè , localiza-se a mina de Turmalinas da Socadiv Holding,Limitada .

Trata-se de uma área de 1.500 hectares pertencente ao falecido presidente da Renamo Afonso Dhlakama.

A área foi ocupada no tempo da guerra de 16 anos e a Renamo nunca mais abandonou o local.

Sem nenhuma licença , Afonso Dhlakama, em vida, explorava a mina e nenhuma autoridade do estado tinha acesso a mesma.

O SAVANA sabe que vários governadores da província de Manica tentaram visitar a mina, mas os homens armados da Renamo nunca permitiram a presença de " estranhos" na zona.

Os guerreiros da Afonso Dhlakama tinham ocupado as áreas mineiras de Chicuio, Nhabundo e China todas ricas em  Turmalinas.

Em 2017, no quadro do diálogo para a paz definitiva entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama, PR apadrinhou a emissão de licença para o o presidente da Renamo explorar 500 hectares das minas de Turmalinas em Nhamahasse.

No dia 02 de Junho de 2017, os representantes de Afonso Dhlakama  na Socadiv Holding Limitada requereram a concessão de mais uma licença numa área de 10.160,07 hectares nos distritos de Manica e Baruè para extração e processamento de Turmalinas, minerais industriais, águas marinhas entre outros . O pedido ainda está pendente no MIREME.

Todas áreas requeridas bpela Socadiv Holding estavam fora do controlo do estado. Eram guerreiros da Renamo que protegiam as mesmas.

Com a morte de Afonso Dhlakama e a ascensão de OSSUFO MOMADE às liderança da Renamo, a força da Renamo que protegia as minas foi retirada , desmobilizada e as minas devolvidas ao estado , que entrou no local, pela a primeira vez, em Março  do corrente ano.

 Sebastião  Afonso Marcela Dhlakama, filho de histórico líder da Renamo , é um dos gestores da Socadiv Holding e contou que a mina de Turmalinas de Nhamahasse foi aberta em 2018, pouco depois de receber a licença que autorizava a sua exploração.

 Sebastião Dhlakama conta que estava na fase de pesquisas quando  as operações foram interrompidas ,em Março ,devido a pandemia da covid-19.

Trabalham na mina 60 trabalhadores entre garimpeiros e agentes de segurança, mas Dhlakama nega que sejam ex- guerreiros, porque estes saíram do local no quadro do cumprimento do DDR.(x) Fonte: Jornal Savana

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