A pandemia COVID-19 dominou a discussão na cúpula da União Africana neste fim de semana, quase um ano após o primeiro caso ter sido relatado no Egito.
Embora o número de mortos seja relativamente baixo, cerca de 4% das mortes em todo o mundo, muitos países enfrentam agora uma segunda onda mais grave.
Como presidente da organização, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, disse que o continente enfrenta uma crise social e econômica sem precedentes e, apesar do apoio do FMI e do Banco Mundial, é necessário acesso a empréstimos em condições favoráveis.
A corrida global por vacinas também deixou os líderes africanos preocupados, mas os preparativos estão em andamento para vacinar 60% da população africana até o final do ano.
"O Presidente Ramaphosa preside a Equipe de Tarefas de Vacinas da África. Esta é a plataforma encarregada de obter a vacina para o continente africano com pelo menos 270 milhões de doses", disse à Euronews o ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António.
O processo de reforma institucional da União Africana também estava em discussão na cúpula virtual.
"Alguns objetivos, como o fortalecimento da coordenação entre a União Africana e as Comunidades Econômicas Regionais, ainda não foram alcançados", disse António.
"A própria reforma institucional da Comissão também deve ser fortalecida, ou seja, a nível departamental."
Houve outras mudanças na UA na cúpula.
Moussa Faki Mahamat, que não enfrentou adversários foi reeleito Chefe da Comissão da UA por anos e o presidente da RDC Felix Tshisekedi torna-se presidente da União Africana por um ano. Ele disse que o "silêncio de armas" será uma prioridade durante seu mandato.
"O processo eleitoral mais próximo foi, sem dúvida, para o cargo de Comissário de Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Meio Ambiente Sustentável, que a angolana Josefa Sako venceu depois que um candidato marroquino se retirou no terceiro turno", disse neusa e Silva, correspondente da Euronews.(x) Fonte: África News