O Director do Serviço Distrital de Actividades Económicas em Palma, Antônio de Ferrão concedeu esta segunda-feira, dia 08 de fevereiro de 2021, uma entrevista exclusiva á Rádio Zumbo FM. Leia na íntegra e saiba mais sobre a situação real do Distrito de Palma na província de Cabo Delgado.
O Distrito de Palma na província de Cabo Delgado é o Distrito onde se localiza grandes jazigos de Gás Natural do mundo e que actualmente encontram se as multinacionais como a TOTAL e ENI entre outras a preparem se para explorar.
Leia ou acompanham a entrevista em exclusivo a Rádio Zumbo FM Notícias:
Gostaria de saber qual é o ponto de situação atual em questão de produtos alimentícios em Palma?
É seguinte, nós dentre vários produtos que acabamos recebendo no final da semana passada, mesmo ainda ontem também recebemos cerca de 93 toneladas de produtos alimentares e destes, sendo mais um pouco detalhista, diria que recebemos 40 toneladas de arroz, 30 toneladas de farinha de milho, três toneladas de açúcar, e 22 mil e 100 litros de óleo alimentar, e ainda a previsão de receber mais um outro navio no período da manhã, com 40 mil litros de combustível, e ainda vamos receber 70 toneladas de arroz e 15 de farinha, e durante a semana passada recebemos duas recepções de diferentes géneros alimentares onde a primeira tivemos uma escolta com cerca de 10 viaturas, isso no dia 3, e ainda no sábado tivemos uma escolta isso por via terrestre cerca de 9 viaturas, também trazendo diferentes géneros alimentares que não foi possível ao detalhe fazer um levantamento exaustivo porque logo depois que chegarem as pessoas vão logo distribuíndo a nível do mercado, e das 9 viaturas o que podemos registar receberam arroz, trigo, farinha, refrigerantes e gasolina.
Os géneros alimentares estão a chegar por que via?
Como eu me referi, existe a via marítima e via terrestre temos recebido não com uma grande frequência, mas desde que os comerciantes organizam-se, pois costumamos a ter aquilo que é a escolta das forças a partir de Nangade até cá em Palma.
Os produtos que receberam via navio por exemplo, são produtos para doação para a população? É isso?
Não. Por acaso desses todos géneros alimentares que me referi, recebemos também para população como oferta por parte do INGC, mas a maior parte de produto que nós temos recebido, é de comerciantes cá locais, então é dos agentes económicos cá locais que duma maneira organizada eles dão a pretenção daquilo que é para fazer chegar produtos para aqui, e nós como governo, criamos algumas alianças, algumas parcerias e dentro daquilo que é o esforço a nível distrital assim como a nível provincial, acabamos tendo um espaço em alguns navios onde com frequência temos acesso ao transporte do produto para cá.
Director, neste momento quais são os preços praticados. Estamos a falar de arroz, do óleo. Quais são os preços. Tem uma ideia?
Neste momento, falando por exemplo do arroz, existe o arroz perfumado e o não perfumado. Perfumado neste momento, o saco de 25kg está a 2.500 Mts, e o não perfumado está a 2000 Mts. Existe uma instância aqui que é o preço mais barato do arroz não perfumado esteve a fazer isso antes de ontem, que já acabou a 1750 Mts um saco de arroz. Óleo normalmente aqui só está a se vender pra o consumo, o óleo alimentar estão a vender o galão de 20 litros a 3 mil meticais, a farinha de trigo está a 1600 Mts, e é basicamente isso, no referente a produtos de primeira necessidade esse é que é o preço. Em termos de disel, assim como gasolina os preços estão estabelados onde o disel está a 59.65 o litro, enquanto que a gasolina está a 63.59
E qual é o principal desafio agora?
Bem, neste momento o principal desafio é que haja quantidades diria com uma certa frequência que possa garantir aquilo que é a segurança alimentar no seio dos comerciantes assim como das pessoas que vivem cá em Palma, porque é verdade que existe uma grande quantidade a chegar, nas acaba não sendo suficiente porque na medida em que as pessoas vão consumindo tinha que haver também paralelamente a isso aquele que é o abastecimento, abastecimento esse que não está sendo assim com com aquela frequência que era de esperar, mas neste momento pelo menos a garantia de instância de comida.
Queria que me explicasse quando falou de transporte. Os comerciantes não pagam transporte, é isso? Por exemplo pra o navio, não pagam, é facilitado pelo governo, é isso?
Exatamente. Pra aquilo que é transporte marítimo, os comerciantes simplesmente pagam aquilo que é frete do tal camião que eles acabam colocando no navio, mas o movimento do navio pelo facto dele ter saído de Pemba para aqui, eles não pagam, não pagam nenhum valor, só eles pagam o aluguer do camião que estiver a carregar. Caso os comerciantes tenham transporte, aí o custo é zero, daí que nós como governo distrital, temos o papel de fiscalizar aquele que é o preço que ele estiver a fazer aqui, sob o risco de caso o negociante estiver a subir os preços, eles perdem o direito de beneficiar o transporte dado de borla.
Alguma coisa mais que o Director gostaria de abordar por volta desta parte do gênero alimentício aí em Palma?
Primeiro aproveitar a oportunidade de clarificar aquilo que andou a circular em alguns meios de comunicação social, que ouve muita desinformação relativamente aquilo que eram os preços dos produtos aqui em Palma, que nunca constituiu verdade, mas é verdade sim que precisavamos mais de quantidade daquilo que é a comida, e o que se vive aqui por razões óbvias, percebe-se que existe uma insegurança por parte terrestre, e por outro lado por causa da situação da covid-19 nós temos a fronteira da Tanzania interditada e é verdade que aquele era também um outro meio alternativo de poder trazer certos produtos para cá
Então por causa dessa situação é por isso que vimos isso que se viveu nesse passado recente, mas a situação está controlada, não temos assim grandes dificuldades mas é verdade que ainda existe um grande desafio
Neste momento como é que estamos em termos de segurança, senhor Director?
Relativamente ao assunto ligado a segurança normalmente quem dá uma a outra resposta é o pessoal da PRM, eu normalmente não estou autorizado a falar acerca desse assunto
Mas como um cidadão normal
A situação está tranquila e eu digo mesmo estou em Palma e não tenho razão de queixa(x)