O presidente Paul Kagame, do Ruanda, alertou para as consequências econômicas globais do atraso da vacinação na África.
Em um artigo publicado em 7 de fevereiro no site de notícias britânico The Guardian, o líder ruandês apontou para um "nacionalismo" das vacinas Covid-19 por parte dos Estados Unidos e da Europa.
Segundo Kagame, atrasar a vacinação dos países mais pobres poderia prejudicar décadas de progresso no desenvolvimento humano, enquanto investir na vacinação para todos beneficiaria o comércio internacional em um futuro próximo.
Dada a atual estrutura de mercado, diz ele, os países africanos precisarão do apoio ativo das principais potências para ter acesso às vacinas a preços justos.
Ruanda espera a entrega de pouco mais de um milhão de doses - principalmente da vacina da AstraZeneca - até o final de fevereiro, sob o programa Covax da OMS.
Ruanda na segunda-feira permitiu a retomada de negócios na capital Kigali com pessoal essencial, não mais de 30%, à medida que o país começou a aliviar seu segundo bloqueio de coronavírus na capital.
O bloqueio foi imposto na capital em 18 de janeiro, após uma onda de novos casos covid-19.
Dados oficiais do COVID-19 divulgados na semana passada no país indicaram que, de 1 a 29 de janeiro, os estudantes foram o grupo mais infectado de pessoas com 1.167 infecções, seguidos pelos agricultores com 969, comerciantes 812, profissionais de saúde 536 e professores com 184 infecções.(x) Fonte: África Nation