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sexta-feira, 19 fevereiro 2021 07:50

OMS dá conta da diminuição do número de novos casos e de óbitos por covid-19

“o incêndio não se apagou, reduziu-se apenas o seu tamanho. Se pararmos de combatê-lo em qualquer frente, ele voltará com força total”, disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “o incêndio não se apagou, reduziu-se apenas o seu tamanho. Se pararmos de combatê-lo em qualquer frente, ele voltará com força total”, disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ontem à noite, durante o seu balanço semanal, a Organização Mundial da Saúde deu conta de uma queda de 16% do número de novas infecções com coronavírus que caíram para 2,7 milhões durante a semana passada, sendo que se registaram neste mesmo período 81 mil mortes, o que representa uma diminuição de 10% da taxa de mortalidade ligada à pandemia no espaço de uma semana.

Com base em dados contabilizados até Domingo, a OMS anunciou melhorias em praticamente o mundo inteiro, com excepção do Mediterrâneo oriental que apresentou um aumento de 7% dos novos casos. Já na África e no Pacífico Ocidental, a OMS refere que o número de novas infecções caiu 20% nos últimos dias, 18% na Europa, 16% no continente americano e 13% no Sudeste Asiático.

Ao constatar na segunda-feira que o número de novos casos tem estado a diminuir pela quinta semana consecutiva, caindo quase pela metade em relação aos mais de cinco milhões de casos registados na primeira semana do ano de 2021, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, considerou que “isso mostra que medidas simples de saúde pública funcionam, mesmo na presença de variantes”. Contudo, “o incêndio não se apagou, reduziu-se apenas o seu tamanho. Se pararmos de combatê-lo em qualquer frente, ele voltará com força total”, acrescentou ainda este responsável.

Neste sentido, o combate continua em duas frentes, a da vacinação e de um bloqueio máximo às novas estirpes.

Segundo os últimos dados da OMS, a variante britânica da covid-19 foi identificada em 94 países na semana passada, ou seja mais oito países do que no período anterior. A estirpe sul-africana tem circulado nestes últimos dias em 46 países e a variante brasileira foi detectada em 21 países, ou seja mais seis no espaço de uma semana.

Relativamente às restrições que têm sido aplicadas, em França onde segundo o governo um reconfinamento não está na ordem do dia, as infecções continuam “elevadas mas estáveis”. Já na vizinha Alemanha, a decisão de fechar as fronteiras com a República Checa e o Tirol austríaco tem suscitado a preocupação dos profissionais da hotelaria e do comércio. Na Holanda onde as restrições de circulação geraram violentos protestos, uma primeira decisão judicial ordenou ontem o levantamento do recolher obrigatório, mas uma instância de recurso suspendeu esta decisão. Fora da União Europeia, na Nova Zelândia, país até agora relativamente poupado à pandemia, levantou-se o confinamento na cidade de Auckland, depois das autoridades considerarem que um surto de covid-19 detectado naquela localidade estava sob controlo.

Na frente das vacinações, o Secretário-geral da ONU, António Guterres reclamou hoje um “plano mundial de vacinação” para ninguém ser esquecido na luta contra a pandemia. Todavia, nos factos, estamos ainda longe deste cenário.

Aqui na Europa, Bruxelas anunciou um plano de acção contra as novas variantes do coronavírus, a Presidente da Comissão da UE,Ursula von der Leyen devendo apresentar medidas aos líderes europeus na próxima semana. 

Entretanto e desde já, a Pfizer e a BioNTech anunciaram hoje ter chegado a um acordo para fornecer à União Europeia 200 milhões suplementares de doses de vacina. No total, até ao final do ano, estas empresas farmacêuticas deveriam entregar um total de 500 a 600 milhões de doses à União Europeia, das quais 75 milhões no segundo trimestre. Foi igualmente estabelecido um acordo com a Moderna para o fornecimento de 300 milhões de doses suplementares de vacina, para além das 160 milhões já prometidas, uma quarta vacina, a da gigante americana Johnson & Johnson, estando a ser submetida à aprovação da Agência Europeia de Medicamentos.

No Médio Oriente, uma primeira remessa de mil doses da vacina russa Sputnik V oferecida por Moscovo está prestes a chegar à Faixa de Gaza.

Entretanto, a nível de África, Pretoria marcou para hoje o arranque da sua campanha de vacinação junto do pessoal de saúde com a vacina da Johnson & Johnson. A África do Sul, refira-se, anunciou ontem que vai oferecer as doses que comprou da vacina da AstraZeneca à União Africana, depois de decidir não usá-las na sequência de um estudo revelando a sua falta de eficácia contra a estirpe da covid-19 identificada no seu território. (x) Fonte: RFI

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