Moçambique registou o primeiro óbito num estabelecimento prisional devido a Covid-19, o anuncio foi feito pelos serviços prisionais que manifestam preocupação com a falta de condições para o isolamento dos infectados em penitencirias, na sua maioria estão superlotados.
O sistema prisional moçambicano já se ressente do impacto negativo da covid-19 segundo a Directora do Serviço de Cuidados Sanitários no Serviço Nacional Penitenciário, SERNAP, Cremilde Anli.
"De 1 de Janeiro a 18 de Fevereiro de 2021, notificamos 70 casos, destes 10 são de reclusos e com o registo de um óbitos ocorrido na cidade de Maputo", afirmou.
Cremilde Anli lembra ainda que o problema reside na falta de condições para o isolamento dos reclusos infectados e que respondem ao critério de internamento "dentro daquilo que é o nosso sistema criamos condições para que estas pessoas estejam isoladas dos outros e que é um bico de obras e- para uma penitenciária por exemplo provincial de Maputo, que estamos três vezes mais acima daquilo que e- a capacidade, para criar um espaço dentro daquela penitenciária é difícil".
Moçambique conta cerca de 19 mil reclusos. Esta semana, o estabelecimento prisional de Guijá confirmou a infecção de Covid-19 de três reclusos e quatro guardas, que se encontram sob acompanhamento médico.
Neste momento, o país tenta controlar a propagação de SARS-CoV-2 ao mesmo tempo que regista a época chuvosa, registando cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral. Nas últimas semanas, milhares de pessoas já foram afectadas pelas intempéries. (x) Fonte: RFI