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quarta-feira, 24 fevereiro 2021 07:46

Acusação de crime retirada a polícias na asfixia fatal de afro-americano

A procuradora-geral do Estado de Nova Iorque anunciou hoje que, por decisão de um júri, caiu a acusação de crime contra os sete polícias suspensos devido à morte do afro-americano Daniel Prude por asfixia. 

Em comunicado, a procuradora democrata, Letitia James, reconheceu que a comunidade de Rochester, onde se deu o caso, e outras no país, "ficarão justificadamente devastadas e desapontadas" com a decisão, mas que "é preciso respeitá-la".

Na sequência dos motins nos Estados Unidos após a morte de George Floyd em maio de 2020, a morte de Prude em setembro de 2020 levou a vários pontos de Nova Iorque protestos e violênciacontra a morte de afro-americanos em ações da polícia.

Na sequência do caso, o chefe da Polícia de Rochester, La'Ron Singletary, foi demitido, e os agentes envolvidos na morte de Prude suspensos.

"As atuais disposições legais sobre uso de força letal criaram um sistema que total e abjetamente falharam ao senhor Prude e a tantos outros antes dele", referiu ainda James em comunicado.

"É necessária uma reforma séria, não apenas no Departamento de Polícia de Rochester, mas no nosso sistema de justiça criminal como o um todo", adiantou a procuradora, também ela afro-americana.

Tal como Floyd, Prude morreu por asfixia, depois de os agentes lhe cobrirem a cabeça durante uma tentativa de imobilização, após terem sido chamados ao local devido a uma "crise de saúde mental" da vítima.

O relatório da autópsia caraterizou a morte como homicídio resultante de "complicações por asfixia na aplicação de imobilização física" da vítima, que estava sob efeito de estupefacientes, o que também terá contribuído para a sua morte.

Os advogados dos agentes afirmam que foi seguido o protocolo de imobilização e que a morte de Prude resultou principalmente de estar sob efeito de narcóticos.

No próximo mês terá início o julgamento de Derek Chauvin, o ex-polícia que a 25 de Maio de 2020 asfixiou George Floyd, separadamente dos outros agentes que estiveram presentes no local do crime.

Chauvin é acusado de homicídio em segundo grau, enquanto os ex-agentes Thomas Lane, Tou Thao e J. Alexander Kueng são acusados de cumplicidade no crime.

As imagens do crime, que motivaram protestos em todos os Estados Unidos durante o verão, mostram Chauvin a pressionar com o joelho o pescoço de Floyd durante vários minutos, enquanto este está algemado e imobilizado no chão.

As últimas palavras de Floyd captadas pelo vídeo, "não consigo respirar", tornaram-se um slogan dos protestos anti-violência policial contra a comunidade afro-americana em todo país, e até em cidades europeias, como Londres e Paris.(x) Fonte: Notícias ao Minuto

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