O Presidente americano Joe Biden autorizou um ataque aéreo na Síria nesta quinta-feira, 25, contra instalações próximas à fronteira com o Iraque usadas por milícias apoiadas pelo Irão.
O Pentágono disse que os ataques foram em retaliação a outro que matou um militar de uma empresa privada e feriu um membro do serviço militar dos EUA e outras tropas da coligação no Iraque a 15 de Fevereiro.
O ataque aéreo foi a primeira acção militar empreendida por Joe Biden, que nas suas primeiras semanas enfatizou a intenção de dar mais atenção aos desafios impostos pela China, mesmo com a persistência das ameaças do Médio Oriente.
“Esta resposta militar proporcional foi conduzida juntamente com medidas diplomáticas, incluindo consultas com parceiros da coligação”, revelou o porta-voz principal do Pentágono, John Kirby, ao anunciar os ataques.
“A operação envia uma mensagem inequívoca: o Presidente Biden agirá para proteger os americanos e o pessoal da coligação e, ao mesmo tempo, agimos de maneira deliberada com o objectivo de diminuir a situação geral no leste da Síria e no Iraque”, acrescentou Kirby, quem garantiu que os ataques “destruíram várias instalações num ponto de controlo de fronteira usado por uma série de milícias apoiadas pelo Irão”.
Não há informações de mortes ou feridos.
A Administração americana condenou o ataque com mísseis do passado 15 de Fevereiro perto da cidade de Irbil, na região semi-autónoma do Iraque, administrada por curdos.
Fontes do Governo lembraram que, no passado, grupos de milícias xiitas apoiados pelo Irão foram responsáveis por inúmeros ataques com mísseis contra funcionários ou instalações dos EUA no Iraque.
Na terça-feira, John Kirby afirmou que o Iraque está encarregado de investigar o ataque de 15 de Fevereiro.
Na altura, um grupo islâmico xiita pouco conhecido que se autodenomina Saraya Awliya al-Dam, nome árabe para Guardiões da Brigada de Sangue, assumiu a responsabilidade do ataque.
O Irão disse nesta semana que não tem ligações com o grupo.(x) Fonte: VOA