Governo diz que capital de Tigray está cercada, mas rebeldes da TPLF reiteram que seu povo está "pronto para morrer". Conselho de Segurança da ONU reúne-se e expõe divisões entre africanos e europeus sobre o conflito.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou esta terça-feira (24.11) a primeira sessão sobre a crise na Etiópia e a pressão para um cessar-fogo na região de Tigray aumentou. A reunião virtual foi posta em dúvida depois de os países africanos se retirarem. Diplomatas de França, Grã-Bretanha, Bélgica, Alemanha e Estónia acabaram por forçar as conversações a prosseguir, apoiados pelos Estados Unidos.
Desde o início do mês, os confrontos entre as forças federais e as tropas da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF) já mataram centenas de pessoas e forçaram, pelo menos, 40 mil pessoas a deixarem suas residências. "A certa altura temos de o colocar na ordem do dia, mesmo que os africanos não gostem", disse um diplomata europeu à agência AFP sob condição de anonimato, salientando a crescente impaciência pela falta de ação do Conselho de Segurança sobre os combates que duraram semanas.
A União Africana, com sede em Adis Abeba, nomeou três ex-presidentes africanos como enviados especiais para mediar conversações sobre a crise. Um porta-voz etíope que lida com o conflito disse na segunda-feira, entretanto, que o Governo receberia os enviados "por uma questão de respeito", mas excluiu categoricamente negociações com a TPLF.
Fonte: DW