Os cibercrimes aumentaram de 463 casos, de Janeiro a Outubro de 2019, para 798, em igual período deste ano.
A informação foi avançada pela Procuradoria-Geral da República, durante um seminário sobre a matéria dirigido a procuradores, juízes e investigadores do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).
Com a pandemia da COVID-19, as plataformas digitais foram o caminho que muitos moçambicanos encontraram para se reinventar e garantir o seu sustento.
Mas a implicação foi o aumento em 72% dos crimes, em que se utiliza um computador ou uma rede de computadores como instrumento ou base de ataque, comparativamente ao ano passado.
Os cibercrimes mais comuns, segundo a Procuradora-Geral adjunta, Amabélia Chuquela, foram furtos informáticos de moeda, burla informática de comunicação e fraudes electrónicas.
De acordo com a magistrada do Ministério Público, os crimes em referência aconteceram nas províncias de Maputo, Gaza e Zambézia. Moçambique ainda apresenta fragilidades para lidar com os cibercrimes, dai que surge a necessidade de formar os magistrados juízes e investigadores do SERNIC.
“Nós esperamos que a partir desta formação todos os profissionais de justiça criminal possam estar dotados de conhecimentos para saber lhe dar com criminalidade informática”, bem como recolher provas electrónicas, da investigação ao julgamento, disse Amabélia Chuquela.
A formação, com duração de três dias é sobre legislação contra o cibercrime e cooperação judicial internacional, em parceria com o Concelho da Europa.
Fonte: O País