Acompanha em exclusivo as idéias do analista em relações internacionacionais, Calton Cadeado que fala sobre a suspenção das actividades da Total e do ataque terrorista no distrito de Palma. Leia a entrevista na íntegra:
A multinacional Total suspendeu as suas actividades após os ataques dos terrorista na vila de Palma. Que interpretação?
Vão dizer que é uma teórica de conspiração mas são coincidências juntas, esses companheiros ficaram desde outubro a dezembro até essa parte, quase que apagados e fazem um ataque logo a seguir aquele anúncio da Total e do Governo, eles ou são estratégas ou tem um apoio forte de uma mão muito forte que induz este ataque neste momento, essa é uma coisa, se ignorarmos a parte da mão forte vamos dizer que eles intencionalmente sairam da cena para se organizarem e fazer um ataque em força, adormeceram as forças do governo e fizeram a preparação para este momento que eles sabiam que iam chegar, então se acreditarmos que há uma mão forte por de trás disso estamos a dizer que a teórica de conspiração pode estar a actuar para poder dar a força para eles actuarem precisamente neste momento, e qual é o objectivo disto? é criar o ambiente insegurança para cada vez mais justificar a presença de forças externas, um e o segundo outra grande coincidência é que este ataque surge depois dos americanos terem amplificado a pujança desse grupo, então para justificar essa pujança era preciso demonstrar com um acto de grande valor estratégico e simbólico.
Não percebi, os Américanos fizeram o que?
Eles anunciaram naquele comunicado que o grupo é um grupo aliado ao estado islâmico, consideraram aquele grupo como uma ameaça terrorista global, então eles amplificaram a pujança do grupo, eles magnificaram a dimensão do poder de ameaça desse grupo, então uma vez amplificada o poder deste poder do grupo, o grupo tinha que fazer essa demonstração de força e está aqui agora feita a demonstração de força para mais uma vez justificar a necessidade de um envolvimento muito forte internacional para lidar com esta ameaça, isto pode doutra vez soar para a teórica de conspiração mas são consciências que eu não posso ignorar.
Qual é a saida para o Governo de Moçambique ?
Eu continuo a defender a ideia e ai concordo com o Governo de Moçambique que este combate no terreno tem que ser feito pelas Forças de Defesa e Segurança mais para os militares com grande apoio logístico e de inteligência internacional. Não sou apologista de entrada no terreno de forças internacionais, custa dinheiro, é um compromisso político que pode asfixiar Moçambique por algum tempo, mas o estado moçambicano tem que investir muito na capacidade ofensiva para operar de dia, de noite, em condições de chuva, de calor, em todo terreno.(x)