O Banco Alemão para o Desenvolvimento vai injectar seis milhões de euros, equivalentes a cerca de 500 milhões de meticais não reembolsáveis para apoiar as micro, pequenas e médias empresas afectadas pela COVID-19 em Moçambique.
Os fundos disponibilizados pela KFW serão canalizados através de cinco bancos comerciais nacionais, nomeadamente, o Millennium Bim, BCI, Société Générale, MBC e Microbanco Confiança, com objectivo de cobrir as despesas correntes das pequenas e médias empresas (mPME’s) por um período de três meses.
Segundo o embaixador da Alemanha em Moçambique, Ingmar Kreisl, além dos 6 milhões de euros, o seu pais vai igualmente disponibilizar uma linha de crédito de nove milhões de euros para as mPME’s e finanças agrícolas, bem como prestar assistência técnica aos bancos comerciais no valor de 2,5 milhões de euros.
Por seu turno, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela apelou aos bancos para uma maior transparência na alocação dos referidos fundos às mPME’s. Entretanto, o presidente da CTA, Agostinho Vuma disse que o financiamento até aqui disponibilizado cobre apenas 15% das necessidades das mPME’s nacionais, de um volume total estimado em cerca de 35 mil milhões de meticais.
Ainda que o défice de financiamento à tesouraria das mPME’s seja de 85%, o presidente da Associação Moçambicana de Bancos (AMB), Teotónio Comiche, considera que as linhas de financiamento já disponíveis vão revitalizar a actividade empresarial e atenuar os constrangimentos no ambiente de negócios, resultantes da crise pandémica.
Dos fundos até aqui disponibilizados, nomeadamente 1 bilião de meticais provenientes do Governo, cujo valor está sob gestão do BNI, 500 milhões de dólares do Banco de Moçambique, 17 milhões de euros do KFW, entre outras linhas de financiamento disponíveis nos bancos comerciais.
Entre 2011 – 2021, a KFW já injectou 65 milhões de euros para projectos do sector financeiro em Moçambique, parte dos quais contribuíram para o Fundo de Garantia de Depósitos.(x) Fonte O País