A cidade moçambicana de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, aguarda a chegada de milhares de pessoas que fugiram de um ataque de militantes ligados ao Estado Islâmico na cidade de Palma, perto da fronteira com a Tanzânia. Mas milhares de pessoas permanecem para trás, procurando uma saída para o conflito.
O grupo Estado Islâmico divulgou na segunda-feira um vídeo com a intenção de mostrar combatentes perto da estratégica cidade de Palma, no nordeste de Moçambique, enquanto o grupo militante afirmava ter tomado o controle da área após cinco dias de conflito.
Após relatos macabros de violência na cidade, Portugal decidiu enviar soldados para Moçambique para apoiar as forças de segurança
_ "A missão está em fase final de planejamento e, portanto, nas próximas semanas, esperamos ter apoio em campo, em Moçambique, cerca de 60 militares portugueses, experientes, competentes, experientes, experientes, que apoiam Moçambique na formação de forças especiais", disse Augusto Santos Silva, ministro português das Relações Exteriores.
Mas de acordo com Dewa Mavhinga, diretora da Human Rights Watch, do sul da África, esse apoio internacional já é tarde demais, já que os campos de refugiados continuam crescendo na cidade moçambicana de Pemba.
"O momento está realmente atrasado para a comunidade internacional se mobilizar para isso. E também, infelizmente, a comunidade regional, a Comunidade de Desenvolvimento da África Do Sul e a União Africana não priorizaram esta crise. Está aumentando. Os ataques estão se intensificando, tornando-se mais sofisticados. E, de fato, agora é necessário que a comunidade internacional se una para garantir que isso seja levado ao fim. Caso contrário, há um enorme risco de que possa se espalhar para outras partes do sul da África muito rapidamente."
Por enquanto, os moradores de Pemba continuam chegando de avião com relatos horríveis de assassinatos. Muitos permanecem até hoje, inalcançáveis.(x) África News