A visita de trabalho do Director Geral da ANAC de 23 a 27 de Novembro de 2020 que se faz acompanhar por técnicos e gestores séniores da instituição, acontece numa altura em que decorrem no Parque Nacional de Gilé, o treinamento de um grupo de candidatos a novos fiscais e a colocação de colares de monitoramento por satélite em animais de algumas das diferentes espécies que se pode contemplar no Parque Nacional de Gilé, como por exemplo, Elefantes, Zebras, bois-cavalo e outras espécies. Esta última actividade tem por finalidade o monitoramento ecológico, bem como a melhor planificação das acções de fiscalização e de gestão do conflito homem-fauna bravia. 

Durante a visita o Director Geral da ANAC tem agendadas entre outras actividades visitas às instalações do Parque, nomeadamente nos acampamentos de Musseia e Lice, para além de postos de fiscalização distribuídos pelo interior e perímetro do Parque; Procede também ao acompanhamento das actividades de restauração da biodiversidade e monitoria ecológica; manterá reuniões com os funcionários e fiscais do Parque Nacional de Gilé e fará uma avaliação do estágio de implementação do acordo de assistência técnica e financeira entre a ANAC e o Consórcio Fundação Internacional de Gestão de Fauna (IGF) / Fundação Francois Sommer, visando o desenvolvimento daquele parque. Visitará igualmente alguns dos pontos do parque com potencial de desenvolvimento turístico e fará uma visita ao comité de gestão dos recursos naturais de Musseia, uma das comunidades vizinhas do Parque Nacional do Gilé. 

Recentemente, o Parque Nacional de Gilé antes Reserva Nacional foi uma das três áreas de conservação recategorizada pelo Conselho de Ministros, numa abordagem que visa enquadrar aquelas áreas dentro do regime jurídico legal em vigor, tendo em atenção que a Lei número 16/2014 de 20 de Junho, alterada e republicada pela Lei número 5/2017 de 5 Maio revogou esta categoria ou esta tipologia de reserva nacional e enquadrar de forma racional e sustentável as áreas de conservação nas categorias que refletem a sua realidade, tendo em atenção o estágio de preservação, a integridade e o maneio das mesmas, em termos de gestão de recursos naturais e dos ecossistemas existentes. Deste modo o Parque Nacional de Gilé teve o seu estatuto de conservação elevado, passando assim a ser uma área de conservação total.

Animais de grande porte como elefantes, búfalos, leopardos e Hienas podem ser observados em safaris pela savana do Parque Nacional do Gilé. A proximidade às praias de Pebane e de Moebasse, ao Gurué, e à Ilha de Moçambique fazem da Reserva um ponto de passagem obrigatório para quem procura estar em contacto com a natureza. As densas florestas de moimbo, planícies e vegetação ribeirinha, onde habitam centenas de espécies de aves, répteis e anfíbios, as fontes de águas termais e o distinto e exuberante Monte Pope, dão vida à paisagem daquele Parque que oferece para disfrute dos seus hóspedes o acampamento turístico Lice, sito na margem do Rio Lice.

Via Terrestre pode chegar ao Parque Nacional do Gilé a partir da Cidade de Quelimane ou da Cidade de Nampula. É recomendável viajar numa viatura 4×4. O Parque Nacional do Gilé situa-se cerca de 492 kms da Cidade de Quelimane e a 334 Kms do Distrito de Mocuba. 

A ANAC é um Instituto Público, tutelado pelo Ministro da Terra e Ambiente, e que foi criado pelo Governo de Moçambique através do Decreto número 11/2011 de 25 de Maio, com o objectivo de administrar todas áreas de conservação em Moçambique. As Áreas de Conservação ocupam uma superfície correspondente a cerca de 25% do território nacional, sendo constituídas por Parques, Reservas, Áreas de Protecção Ambiental, Coutadas Oficiais, Fazendas do Bravio e Áreas de Conservação Comunitárias e outras categorias de Áreas de Conservação legalmente criadas. (x)