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quinta-feira, 26 novembro 2020 16:05

Dois feridos em novo ataque no centro do país

Duas pessoas ficaram feridas, uma dos quais em estado grave, num novo ataque de um grupo armado contra um veículo ligeiro na quarta-feira (25.11), numa zona rural de Dombe, centro de Moçambique.

A carrinha foi alvejada pelas 14h00 locais em Seventine, uma aldeia a poucos quilómetros da sede do posto administrativo de Dombe (Sussundenga), junto à N260, a única estrada asfaltada de ligação interdistrital em Manica, contaram à Lusa moradores locais esta quinta-feira (26.11).

"Foram disparados muitos tiros, muitos tiros", enfatizou Sebastião Maguze para descrever a quantidade de disparos que inicialmente pensou visarem a aldeia.

"Depois soubemos que eram contra um 'machimbombo'", nome dado a viaturas de transporte coletivo. 

"Estávamos na machamba (horta) quando houve os disparos, saímos de imediato em direção à aldeia e na estrada encontrámos as pessoas a serem tiradas para outro carro e levadas para o hospital", contou à Lusa outro morador. 

Vítima submetida a cirurgia

As vítimas foram inicialmente socorridas no posto de saúde de Dombe, mas o motorista da viatura atingida foi transferido para o Hospital Provincial de Chimoio (HPC), devido à gravidade dos ferimentos. 

Em declarações à Lusa, Rachid Engenheiro, diretor do banco de socorro do HPC, confirmou a entrada do paciente que depois foi sujeito a uma cirurgia. 

"O paciente continua na sala de reanimação em estado de saúde moderado e aguarda decisão médica para transferência para o Hospital Central de Maputo", disse. 

Contactada pela Lusa, a Polícia de Manica remeteu detalhes para mais tarde. 

Responsabilidade da Junta militar da RENAMO?

O veículo ligeiro transportava funcionários, agentes comunitários e voluntários, que trabalham na área de saúde nas zonas rurais no âmbito do PEPFAR (Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da Sida) e da organização internacional de saúde Jhpiego. 

Este é o segundo ataque em menos de uma semana na mesma zona e que as autoridades atribuem à autoproclamada Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), dirigida por Mariano Nhongo.(x) Fonte: DW

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