Apesar dos ataques e das fragilidades que afetam o cessar-fogo no centro de Moçambique, na província da Zambézia, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) conta com a continuação do processo Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos seus antigos combatentes.
Numa entrevista exclusiva à DW África, a delegada política da RENAMO na Zambézia, Maria Elisa, manifestou-se satisfeita com o processo em curso. O chamado DDR está a ser encabeçado pelo Presidente Filipe Nyusi e pelo líder da RENAMO Ossufo Momad no contexto de manutenção da paz.
A delegada explica que há muitos ex-combatentes da RENAMO na Zambézia ainda à espera de serem abrangidos pelo DDR. "Temos estado a fazer trabalhos ao nível dos distritos. A situação política na Zambézia é positiva. O processo de DDR está a acontecer normalmente e as pessoas estão a ser desmobilizadas aqui na Zambézia.”
DDR um "alívio” para a RENAMO
Também noutras províncias o processo avança, se bem que não tão célere como seria desejável, diz a delegada: "Em Manica e Sofala o processo está a andar. Não sabemos se é para este ano ou o próximo. Estamos com uma grande ansiedade para que o processo seja concluído na província da Zambézia, para que as pessoas possam estar com suas famílias. As famílias estão à espera que isso aconteça aqui na Zambézia.”
Para o partido governamental Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) as declarações de Maria Elisa enquadram-se nos ideais do Presidente Filipe Nyusi. Manuel Franco, porta-voz do Comité Provincial da FRELIMO, disse à DW: "Ela [Maria Elisa] está a assumir que o Governo de Moçambique está a concretizar o plano deles. O Presidente da Republica [Filipe Nyusi] é um homem da paz, que cumpre com as suas obrigações” O DDR, afirma o político, representa um "alívio” para a RENAMO, "que quer que o processo acelere, desde que não criem obstáculos”.(x)Fonte: Dw