Moçambique recebeu, hoje, da China, produtos alimentares e meios de prevenção da COVID-19 para as vítimas dos ataques terroristas em Cabo Delgado.
A oferta está avaliada em sete milhões de meticais e contempla 67 mil quilos de arroz, 20 mil litros de óleo de cozinha, 22,5 mil quilos de farinha e um lote de materiais de prevenção da COVID-19, composto por 30 ventiladores, oito concertações de oxigénio, 200 máscaras correspondentes, 40 termómetros infra-vermelhos e mais de 12 mil máscaras de protecção facial.
Segundo o embaixador da República Popular da China em Moçambique, Wang Hejum, além dos produtos oferecidos, o seu país vai enviar um donativo, em numerário, no valor de 500 mil dólares, cerca de 28 milhões de meticais.
“No seguimento da assistência alimentar no final do ano passado, o Governo Chinês mobilizou fundos e recursos e decidiu fornecer mais ajuda humanitária às populações afectadas pelos ataques terroristas”, disse Wang Hejum.
Hejum avançou que o seu país pretende apoiar o Governo moçambicano a mitigar a violência armada no norte, a apoiar os deslocados, principalmente os mais vulneráveis, (mulheres e crianças) e a desenvolver a economia.
“Encorajamos a participação activa das empresas chinesas na construção de infra-estruturas como estradas e sistemas de abastecimento de água e na exploração de gás natural, pretendendo promover o desenvolvimento socio-económico no local e melhorar a capacidade de desenvolvimento e estabilização para desenraizar o terrorismo naquela zona”, comprometeu-se.
Por seu turno, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, disse que a assistência humanitária vai dar alento às vítimas dos ataques terroristas que, “dia e noite,” procuram formas de sobrevivência.
Macamo referiu ainda que este apoio mostra a estreita colaboração entre os dois países, principalmente no que tange às vítimas do terrorismo, cuja ajuda vem desde algum tempo.
“Destacamos, também, a importância da República Popular da China para ajuda a emergência no valor de dois milhões de dólares norte-americanos e de 1.8 milhões canalizados através do PNUD e do FNUP, respectivamente”, enalteceu.(x) Fonte:OPaís