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quarta-feira, 12 maio 2021 10:48

Preocupante situação da violência contra criança

TRÊS em cada dez raparigas e quatro em cada dez rapazes sofrem de algum tipo de violência no país praticada na maioria do casos por familiares ou pessoas conhecidas.

Os dados constam do relatório de indicadores básicos do Inquérito sobre a Violência contra a Criança (INVIC, 2019) lançado há dias em Maputo pela ministra do Género, Criança e Acção Social, Nhelety Mondlane.

O inquérito feito aos agregados familiares,abrangendo sobretudo meninas e rapazes dos 13 aos 24 anos, revela ainda que o HIV e as uniões prematuras continuam a ser preocupantes, tendo em conta que 7,6 por cento de raparigas e 2.3 de rapazes entre 18 e 24 anos de idade testaram positivo para o HIV, para além de que 21 por cento de meninas dos 13 aos 17 anos e 41.1 por cento entre 18 e 24 anos se casaram ou viviam em uniões maritais antes dos 18 anos.

Segundo a dirigente, o inquérito apresenta dados que vão ajudar na planificação e priorização de acções a realizar, com a intervenção de instituições do Estado, sociedade civil, confissões religiosas e comunidades.

Anotou que a problemática da violência contra a criança não é exclusiva de Moçambique, a olhar pelos dados da região austral, que mostram situação similar em alguns indicadores e piores noutros, no caso do Zimbabwe, Zâmbia e Malawi. Disse que o Governo tem aprovado políticas e leis para a protecção da criança. Contudo, reconheceu que persistem desafios na protecção a este grupo social e enalteceu a importância da coordenação e complementaridade de acções para o combate ao mal.

O INVIC (2019) foi elaborado por um comité executivo envolvendo várias instituições,liderado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), entre Julho e Setembro de 2019, a nível nacional.

Sérgio Chicumbe, director de Inquéritos do INS,referiu que o estudo apresenta informações sobre características demográficas, sócio-económicas, orfandade, uniões prematuras, prevalência da violência sexual, física e emocional entre rapazes e raparigas de 13 a 24 anos de idade.

Dá ainda a indicação dos principais perpetuadores da violência, local, utilização dos serviços médicos, psicossocais, legais e de protecção disponíveis.

O documento,que contou com apoio de instituições americanas, é lançado num contexto em que as estatísticas indicam que em 2020 foram assistidos e registados nos Gabinetes de Atendimento à Mulher e Menores Vítimas de Violência 22.978 casos, dos quais 7455 são crianças, o que corresponde a 32.4 por cento do total das vítimas.(x) Fonte:Jornal Notícias

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