ERRO humano é a provável causa do “incidente grave” que envolveu o avião Boeing, modelo B737-700, das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), ocorrido a 26 de Fevereiro , no aeroporto de Quelimane.
A informação foi partilhada ontem, em Maputo, pelo Instituto da Aviação Civil de Moçambique (IACM), em conferência de imprensa convocada para divulgar os resultados da investigação sobre o incidente.
Na ocasião, o Comandante João de Abreu, presidente do Conselho de Administração do IACM, disse que o facto de a pista de aterragem ser curta (1800 metros de cumprimento), na altura molhadae crítica para o avião tipo B737-700 NG, concorreu para a ocorrência do incidente.
O operador, tal como indicou João de Abreu, deve fazer uma análise exaustiva sobre a utilização da aeronave Boeing B737-700 para pistas de dimensões reduzidas como dos aeroportos de Quelimane, Nampula e Pemba.
Indicou igualmente a necessidade de treinamento da tripulação para situações em aterragem em condições adversas.
De Abreu referiu que durante a aterragem no Aeroporto de Quelimane, na corrida após o toque no solo, segundo declarações do comandante, a tripulação registou que o avião não estava a desacelerar suficientemente e para evitar que o aparelho saísse da pista pela cabeceira, optou por desviá-lo para o lado esquerdo da pista.
Anunciou que aaeronave sofreu danos estruturais ligeiros.
A aeronave, com cinco tripulantes e 99 passageiros a bordo, fazia o percurso Maputo/Quelimane/Tete/Maputo.
Em reacção ao relatório, a LAM lembra que desde então tem vindo a adoptar medidas preventivas e que agora tomará providências para proceder em conformidade com as recomendações feitas pelo IACM.
“Sendo a LAM uma companhia que se rege pelos padrões de certificação nacional e internacional, realiza as suas operações de voos de acordo com os procedimentos estabelecidos pelas autoridades”, afirma a LAM em comunicado distribuído ontem.
No documento, a companhia refere que continuará a dedicar-se para salvaguar a segurança operacional dos voos.(x) Fonte:Jornal Notícias