A Rádio Zumbo FM Notícias visitou este sábado dia 15 de Maio de 2021, alguns mercados e avenidas da Cidade de Pemba, para interagir com os utentes acerca da prática do comércio infantil que é notório em todos os mercados e bermas da urbe, onde se nota a presença de crianças que diariamente frequentam os espaços públicos para vender produtos variados e sob risco de serem atropeladas ou mesmo de serem extraviadas pelas pessoas de má fé. O exemplo vem do mercado de Alto-Gingone, Embondeiro, Galp, Cerâmica, Natite, Av. 25 de Setembro, Av. Eduardo Mondlane e na estação próximo da Praia do Wimbe. Nestes locais, encontram-se maior número de crianças que sob orientação dos seus encarregados de educação, vendem produtos diversos, afim de obter um calor para a sustentabilidade diaria.
Alguns utentes ouvidos pela nossa reportagem sobre a situação de exploração do trabalho infantil, mostram-se indignados pela situação e pedem mais responsabilidade por parte dos encarregados de educação.
"É uma situação caótica, os pais não devem mandar os seus filhos irem vender, pois estamos a ver que há muitas crianças que deveriam estar em casa a ajudar a mãe com trabalhos domesticos ou mesmo estudando, mas estão aqui a vender ao pé da estrada e isso é perigoso, a criança não é consciente porque não sabe dos riscos que enfrenta ao vender nas avenidas"- disse Alima Sufo.
"Nós como Pais devemos cuidar dos nossos filhos e educa-los em casa ao invés de deixar passar muito tempo a vender no mercado, triste o que se verifica nos nossos mercados mas não há como, porque sempre iremos ver criança a vender"- disse Pedro Arrumeque.
Por outro lado, alguns utentes concordam com o comércio infantil, pois segundo eles, é através do negócio informal que as famílias conseguem o sustento diário.
"Cada um percebe da sua maneira, mas na verdade é graças ao comércio que a maior parte das familias conseguem se sustentar, como todos sabem na Cidade de Pemba vive-se de negócio, todos nós dependemos dessa prática"- disse Alide Maulana.
"Não podemos criticar os encarregados de educação que mandam os seus filhos venderem nos mercados, o dinheiro que eles conseguem sai do negócio, então há justificação evidente sobre esse assunto, as pessoas que criticam são as que têm condições de vida trabalham e recebem todos os meses, então nos que somos pobres mandamos sempre os nossos filhos venderem bolinhos, água gelada, pães, e outros produtos para conseguir o que comer em casa"- afirmou Armando Nvetekuleque.(x)