O líder da oposição senegalesa Ousmane Sonko foi impedido de deixar o país da África Ocidental.
Sonko, de acordo com uma decisão judicial de sexta-feira pelo juiz Abdoulaye Assane Thioune, teve a permissão negada para deixar o Senegal. Ele compareceu a uma conferência marcada para esta semana em Lomé, capital do Togo, após ter sido convidado pelo economista togolês Kako Nubukpo.
No comunicado que anuncia a decisão do judiciário senegalês, Me Khoureyssi Ba, advogado de Sonko, disse que "nada justifica a recusa pronunciada sexta-feira, 21 de maio, pelo juiz Abdoulaye Assane Thioune".
Sonko, um crítico feroz do presidente Macky Sall, foi preso em março e mais tarde libertado. Mas não antes de suas prisões terem gerado protestos mortais em todo o país. Pelo menos seis pessoas foram mortas nos protestos que eclodiram por causa de um suposto caso de estupro.
O líder da oposição de 46 anos, muito popular entre os jovens do Senegal, nega as acusações de estupro. Seu partido afirma que as acusações de estupro contra ele (Sonko) foram políticas.
O Senegal promulgou uma legislação histórica tornando o estupro um crime no ano passado. Sobreviventes de alegadas agressões sexuais, entretanto, raramente denunciam os homens pelo nome. Tudo isso mudou quando Adji Sarr acusou publicamente Ousmane Sonko de estuprá-la.
Mas, em uma virada política, muitas pessoas se voltaram contra Sarr e defenderam Sonko, depois que o político alegou que o presidente Macky Sall participou da fabricação das acusações contra ele em uma tentativa de parar o movimento político contra seu terceiro mandato inconstitucional (do presidente Sall).(x) Fonte:Africa News