Presidentes de cinco países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral não decidem enviar força militar para combater os insurgentes
Ao contrário do que o presidente da troika da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para Política, Defesa e Segurança, Mokgweetsi Masisi, deu a entender no início da cimeira realizada nesta quinta-feira, 27, em Maputo, não houve qualquer decisão a favor do envio de uma força militar para ajudar Moçambique a combater a insurgência na província de Cabom Delgado.
No final da reunião, a secretária-executiva da organização, Stergomena Tax, limitou-se a dizer que a troika manifesta "a solidariedade para com o povo de Moçambique e seu contínuo esforço para trazer a paz e segurança" e "conter o terrorismo, que é também uma ameaça regional", além de marcar uma cimeira extraodrinária.
A reunião, em que devem participar, outra vez, os Presidentes de Moçambique, Botswana, Malawi, África do Sul, Zimbabwe e Tanzânia, deve realizar-se antes de 20 de Junto, em Maputo.
Stergomena Tax acrescentou que foi analisado o relatório dos peritos militares da troika que visitou Cabo Delgado, sem, no entanto, revelar qualquer decisão, além de se referir a haver avanços em busca de uma solução, sem dar mais detalhes.
No início da cimeira, o Presidente do Botswana e líder da troika, Mokgweetsi Masisi, disse que “agora é hora de agir colectivamente e emitir uma mensagem clara e vigorosa aos terroristas, de que a região não vai tolerar este tipo de actos”
Por seu lado, o Presidente moçambicano e em exercício da SADC, Filipe Nyusi, reiterou a aposta numa estratégia regional para combater o terrorismo, sem, no entanto, “descorar o apoio de outros países, interessados em apoiar”.
Os peritos da troika propuseram o envio de uma força composta por três mil homens e equipamento de guerra para combater os insurgentes, mas o Presidente moçambicano continua a mostrar alguma resistência em aceitar uma força regional.(x) Fonte:VOA