Cerca de 200 profissionais do sexo foram às ruas de Joanesburgo na quinta-feira (27) para exigir que a prostituição seja descriminalizada.
"Isso é o que eu visto para trabalhar", disse Dudu Dlamini, com botas de caminhada e um vestido longo, à AFP. "Sem saltos altos ou saias curtas."
“Isso requer conhecimentos e habilidades sobre as quais você não tem idéia”, acrescentou ela.
Mãe de dois filhos, Mathe era empregada doméstica, mas ganhava apenas 1.000 rands ($ 72) por mês.
Estima-se que 120.000 e 180.000 profissionais do sexo operam na África do Sul, de acordo com organizações humanitárias.
Mas as leis de prostituição do país datam da era do apartheid e punem as trabalhadoras do sexo e seus clientes.
"O trabalho sexual é um trabalho, não um crime", disse Dlamini no protesto.
À sua volta, o grupo avançava com cartazes erguidos onde se lia "Onde está o crime?" e "Decrim sexo trabalho agora".
Alguns dos manifestantes marcharam com o rosto coberto, ladeados por carros da polícia.
“A polícia nos assedia e nos pede dinheiro. E as profissionais do sexo que são abusadas por seus clientes não podem simplesmente ir à delegacia e abrir um processo, porque seriam processadas por serem profissionais do sexo”, explica Yonela Sinqu, da Sex Workers Grupo de Trabalho de Educação e Advocacia (SWEAT).
De acordo com a organização, as prostitutas são frequentemente vítimas de violência e estupro.
SWEAT diz que cerca de 10 trabalhadoras do sexo são assassinadas a cada ano, mas que muitos casos não são denunciados.(x) Fonte:Africa News