O Presidente da Colômbia Ivan Duque anunciou que vai enviar tropas para a cidade de Cali, onde o movimento de protesto contra a gestão do executivo regista uma crescente intensidade. A morte de várias pessoas, nas manifestações de sexta-feira começa a inquietar a comunidade internacional sobre a reacção policial frente aos protestos iniciados nas últimas semanas .
Segundo as autoridades colombianas, na sexta-feira, três pessoas morreram durante os protestos, aumentando para 49 o número de mortos desde que começaram as manifestações na Colômbia. Entre os mortos estão dois polícias.
Perante a crescente intensidade dos protestos, o chefe de Estado, Ivan Duque, decidiu após uma reunião do conselho de segurança interna, enviar militares para a cidade de Cali em apoio às forças policiais que enfrentam os manifestantes.
De acordo com o edil de Cali, Jorge Ivan Ospina, as últimas mortes ocorreram após um confronto entre manifestantes que defendiam uma barricada e os que queriam passar através da mesma.
Jorge Ivan Ospina deplorou a situação caótica marcada pela morte e o sofrimento.
A organização para os direitos humanos, Human Rights Watch, considera que o número de mortes ocorridas desde o início dos protestos, é superior ao anunciado oficialmente.
A ONG, afirma que morreram 63 pessoas e que a situação é muito grave em Cali, cidade de 2,2 milhões de habitantes.
Até a data os protestos resultaram igualmente em 2000 feridos e em mais de 100 pessoas desaparecidas.(x) Fonte:RFI
À semelhança de outros países no mundo, a pandemia de Covid-19 mergulhou no desespero os sectores mais desfavorecidos da população colombiana. Cerca de 42,5% dos 50 milhões de habitantes da Colômbia estão na pobreza e sobrevivem com uma pequena ajuda do Estado.