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terça-feira, 01 junho 2021 07:09

França condena alegada espionagem americana a líderes europeus

Captura de ecrã da reportagem do canal de televisão dinamarquês DR Captura de ecrã da reportagem do canal de televisão dinamarquês DR

A França condenou, esta segunda-feira, o alegado caso de espionagem de líderes políticos europeus, por parte dos Estados Unidos, com recurso a cabos submarinos da Dinamarca. As escutas e vigilância online teriam ocorrido entre 2012 e 2014, de acordo com uma investigação de vários órgãos de comunicação europeus.

O caso foi revelado pela televisão pública da Dinamarca, a DR, depois de uma investigação com os canais sueco SVT, o dinamarquês NRK, os alemães NDR, WDR, os jornais alemão Suddeutsche Zeitung e o francês Le Monde.

Entre 2012 e 2014, a Agência de Segurança dos Estados Unidos, a NSA, teria espionado líderes políticos na Europa, com recurso a "cabos submarinos na Dinamarca".

Os alvos das escutas teriam sido a chanceler alemã, Angela Merkel, assim como o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, e o então líder da oposição, Peer Steinbruck. Além dos políticos alemães, a investigação revela que também altos responsáveis da França, Suécia e Noruega teriam sido visados, mas as suas identidades não foram divulgadas.

A mesma investigação noticia que a NSA teria beneficiado da colaboração dos serviços de informações militares da Dinamarca (FE) e que a NSA teria acedido às mensagens de telemóveis, às chamadas, a consultas feitas na Internet e a aplicações de troca de mensagens.

Estes actos de espionagem da agência norte-americana constam de um relatório interno dos serviços de informações da Dinamarca com o nome de código "Operação Dunhammer" que teria sido apresentado aos serviços de Copenhaga em Maio de 2015. A estação de televisão dinamarquesa explicou, mesmo, que os dados foram confirmados por nove fontes que tiveram acesso às informações classificadas dos serviços secretos de Copenhaga.

O alemão Peer Steinbrück disse que se trata de um "escândalo político" e que é "grotesco que os serviços de informações de paises amigos interceptem e espionem os principais representantes de outros países".

O ministro sueco da Defesa, Peter Hultqvist, pediu « informações completas » sobre a investigação, enquanto o homólogo dinamarquês, Frank Bakke-Jensen, disse que considerava as revelações com muita seriedade.(x) Fonte:RFI

 
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