O Ministerio da Defesa de Portugal, João Gomes Cravinho, sublinhou sexta-feira, em Lisboa, esperar que a missão de treino da União Europeia (UE) em Moçambique seja aprovada formalmente em Junho, adiantando que “a expectativa” é que os militares estejam no terreno cerca de três meses depois.
João Gomes Cravinho falava a jornalistas em conferência de imprensa conjunta com o alto-representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, no Centro Cultural de Belém (CCB), na capital portuguesa, no fim do encontro informal dos ministros europeus da Defesa.
“Já existe desde o dia 19 de Maio em Moçambique uma missão técnica para identificar os parâmetros exactos do que poderá ser uma missão [europeia], que precisará de ser aprovada formalmente. Esperamos que isso aconteça já em Junho”, declarou o governante.
A expectativa de Gomes Cravinho é que, “em breve, seja possível terminar os processos formais para que dentro de uns três meses, aproximadamente, haja possibilidade de ter a missão de formação da UE no terreno”.
De acordo com o ministro, nesta reunião informal de Lisboa “ficou patente” um “apoio generalizado” dos governos europeus a esta missão, adiantando que “ninguém disse que não achava boa ideia”.
“E em relação aos países participantes, eu diria que há sete ou oito que já indicaram disponibilidade para fornecer militares para a missão, mas gostaria de seguir as regras formais, isto é, gostaria,primeiro, que a missão fosse formalmente aprovada;segundo, que fossem os próprios países a dizer cá fora aquilo que já tiveram oportunidade de dizer lá dentro”, vincou.
Questionado sobre a natureza da missão, Gomes Cravinho adiantou que esta deverá utilizar como “base” a missão portuguesa de treino já no terreno, no âmbito da cooperação bilateral entre Portugal e Moçambique.
“A missão técnica da UE olhou com atenção para aquilo que nós estamos a fazer bilateralmente, houve uma importante troca de informações e a ideia que vai ser apresentada em Bruxelas é que uma missão de formação da UE tome o mesmo conceito que nós já desenvolvemos, utiliza a base da nossa formação para ganhar outra escala”, adiantouo ministro, citado pela imprensa lisboeta.(x) Fonte:Jornal Notícias