A União Africana anunciou, na terça-feira à noite, a decisão de suspender "imediatamente" o Mali "de participar em todas as suas actividades", depois do segundo golpe militar no país em nove meses. A organização pede condições para uma "transição democrática sem entraves, transparente e rápida", senão “não hesitará em impor sanções específicas e outras medidas punitivas”.
A União Africana (UA) decidiu suspender o Mali “de participar em todas as suas actividades”, “até que a ordem constitucional normal seja restabelecida no país". Em causa, o golpe militar do final de Maio, o segundo em nove meses.
A UA "decide suspender imediatamente a República do Mali de participar em todas as actividades da União Africana, órgãos e instituições, até que a ordem constitucional normal seja restabelecida no país", declarou, em comunicado, o Conselho de Paz e Segurança da organização.
A União Africana pediu aos militares malianos para que "regressem de urgência e incondicionalmente aos quartéis e que se abstenham de qualquer interferência futura no processo político no Mali".
Por outro lado, a organização pediu condições para o regresso a uma "transição democrática sem entraves, transparente e rápida", caso contrário “não hesitará em impor sanções específicas e outras medidas punitivas” contra os que impedem a transição.
A UA exige, ainda, que nenhum dos actuais líderes se candidate às próximas eleições e quer o levantamento das "restrições" a todos os actores políticos, nomeadamente o Presidente e o primeiro-ministro de transição depostos, Bah Ndaw e Moctar Ouane, que estão em prisão domiciliária.
A suspensão do Mali por parte da União Africana surge dias depois de a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ter tomado a mesma decisão.(x) Fonte:RFI