UM grupo de 11 paquistaneses foi condenado, na cidade de Pemba, a penas que variam entre 10 e 20 anos de prisão, por tráfico de droga na província de Cabo Delgado, anunciou esta terça-feira (01) o juiz responsável pelo caso.

Os condenados fazem parte de um grupo de 13 paquistaneses, dois dos quais morreram antes do julgamento, que foram encontrados, em Dezembro de 2019, com pouco mais de 430 quilogramas de droga numa embarcação ao largo da baía de Pemba, em Cabo Delgado.

“Atendendo ao disposto na lei, os condenados serão expulsos de Moçambique após o cumprimento da pena de prisão maior decretada”, disse Bruno de Castro, juiz da causa, durante a leitura da sentença, no Tribunal Judicial da província de Cabo Delgado.

O Ministério Público considerou a condenação e as penas dadas “uma vitória face à luta contra a criminalidade e em específico contra o narcotráfico, seja nacional ou internacional”.

“Estamos satisfeitos com a decisão. Estamos aqui a enviar um recado para os que pensam em enveredar por este mundo para que desistam”, referiu Ângelo Sueta, do Ministério Público.

Na altura da detenção, os paquistaneses, com idades entre 20 e 70 anos, levavam na embarcação drogas como heroína e ice, tendo sido suspeitos de pertencer a uma rede de tráfico internacional que usava a costa moçambicana.

Na altura, após notar a aproximação das autoridades, o grupo deixou fogo à embarcação, numa tentativa de apagar provas.

Moçambique é apontado por várias organizações internacionais como um corredor para o tráfico internacional de estupefacientes.

De acordo com o Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), as autoridades do Quénia e da Tanzânia, países a norte de Moçambique, aumentaram a vigilância nos últimos anos, empurrando os traficantes para sul, em direcção à costa moçambicana, “em busca de novas rotas e novos mercados”.(x) Fonte:Jornal Notícias