Pelo menos 138 civis foram abatidos por homens armados no ataque nocturno à aldeia de Solhan, na comunidade de Sebba. O país está em choque e três dias de luto nacional foram decretados.
O chefe de Estado do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, qualificou o ataque de bárbaro e admitiu ter sido uma tragédia.
O ataque ocorreu na noite de sexta-feira para sábado. Os atacantes chegaram em cerca de 20 motos à aldeia de Solhan pelas duas horas da manhã. Os terroristas mataram mais de 138 pessoas de forma aleatória e acabaram também por incendiar automóveis e lojas. As forças de segurança chegaram tarde demais.
Para Hamadi Boubakar, Presidente da Câmara de Sebba, a segurança neste tipo de aldeias é muito limitada, o que dá tempo aos atacantes de poderem fazer ‘o que querem’. Hamadi Boubakar está agora preocupado com a chegada de deslocados à cidade de Sebba para os quais terá de encontrar um alojamento, em pleno desespero.
“Não há segurança, então é certo que os homens armados vão fazer tudo o que eles quiserem. Com a chegada massiva de deslocados, vamos tentar encontrar-lhes um alojamento. Eles estão desesperados”, frisou.
Issa Barry, um dos deputados da Província, diz ser um momento muito difícil, admitindo que agora a preocupação é enterrar os mortos e respeitar o luto nacional.
“Neste momento temos as lágrimas nos olhos. É muito, mas muito difícil. O que me preocupa agora é poder enterrar os mortos e respeitar o luto nacional”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou-se indignado com este ataque que fez mais de 100 mortos, inclusive pelo menos 7 crianças. Quanto à embaixadora dos Estados Unidos no Burkina Faso, Sandra Clark, pediu que os terroristas sejam punidos pela justiça.(x) Fonte:RFI