Um grupo de homens armados raptou, na noite de ontem, na cidade da Beira, província de Sofala, um antigo agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), que responde pelo nome de Alexandre Nguiliche.
Os raptores, que se identificaram como agentes da PRM, de acordo com Laura Fernando, esposa da vítima, chegaram à residência em causa por volta das 21 horas.
“Primeiro, bateram a porta dizendo que pretendiam ajuda para socorrer uma pessoa que estava alegadamente a ser agredida por malfeitores numa casa de pasto, próximo da nossa casa. O meu marido recusou-se a prestar ajuda. De seguida, identificaram-se como agentes da Polícia e pediram ao meu marido para sair, mas, mesmo assim, recusou-se”, contou a esposa da vítima.
A mulher explicou que os sequestradores “Separaram-se, sendo que três se colocaram em igual número de janelas e outros dois a três, com recurso a pedras, começaram a arrombar a nossa única porta. Todos empunhavam pistolas e gritavam exigindo a saída do meu marido. Ele começou a vestir-se e, quando terminou, parte da porta já tinha cedido e um deles meteu a mão apontando uma pistola”.
Laura Fernando acrescentou que o seu marido terá saído, “tendo antes pedido para me dirigir ao quarto dos nossos filhos. Quando saí e acendi a lâmpada, eles estavam a arrastá-lo e meteram-no à força numa viatura”, desde então, não soube do paradeiro do marido.
“O telefone, mesmo chamando, ninguém atende”, afirmou, chorando.
A nossa equipa de reportagem também ligou para Alexandre Nguiliche e o resultado foi o mesmo. O contacto chamou, todavia ele não atendeu.
Os vizinhos disseram que ouviram o barulho da porta a ser arrombada e julgaram que fosse uma briga entre o casal, por isso não se aproximaram para saber o que estava a acontecer.
A vítima é um antigo agente da PRM que estava afecto no distrito de Muanza, em Sofala, tendo sido afastado da corporação em finais do ano passado, devido a uma alegada má conduta e até ficou detido por três meses.
A Polícia da República de Moçambique garantiu que irá pronunciar-se oportunamente sobre este caso.(x) Fonte:O País