O chefe de Estado Francês anunciou, quinta-feira, 10 de Junho, o fim da operação militar antijihadista Barkane no Mali, que será substituída por outra operação em parceria com países implicados na luta contra o terrorismo. Emmanuel Macron defendeu que a presença da França no Sahel já não está adaptada à realidade dos combates.
O Presidente Francês anunciou quinta-feira, 10 de Junho, o fim da operação militar antijihadista Barkane no Mali, país que viveu recentemente um golpe de Estado, salientando que a presença da França no Sahel já não está adaptada à realidade dos combates.
Emmanuel Macron explicou que, a operação Barkhane, que envolve cerca de 5 mil militares franceses na região do Sahel, vai chegar ao fim e vai ser substituída por outra operação militar em parceria com outros países implicados na luta contra o terrorismo.
“Vamos iniciar uma profunda transformação da nossa presença militar no Sahel”, explicou o presidente francês, anunciando o“ fim da Operação Barkhane”e a concretização“ de uma aliança internacional associando os Estados da região ”.
“A presença sustentável , no âmbito das operações exteriores da França não pode substituir-se ao restabelecimento do Estado e dos serviços do Estado, assim como a estabilidade política e a escolha dos Estados soberanos.
Por isso, após as discussões que nós teremos com os nossos parceiros, em particular norte-americanos e os nossos parceiros europeus, nós levaremos a cabo uma profunda transformação da nossa presença militar no Sahel.
A transformação resultará numa transformção do modelo. O fim da operação Barkhane, como operação exterior, de forma a permitir uma operação de apoio, assistência e cooperação aos exércitos da região que o desejarem e a implementação de uma operação militar e de uma coligação internacional, que associe todos os Estados da região e os nossos parceiros, estritamente direcionada para a luta contra o terrorismo”.
( Presidente Emmanuel Macron )
Esta transformação prevê, nomeadamente, o encerramento de bases do exército francês e pelo reforço da luta contra o jihadismo,
Em declarações ao canal de televisão France 24, o deputado que integra a comissão de Defesa Nacional das Forças Armadas, Thomas Gassilloud, disse que “não se trata do fim da operação Barkane, mas sim de uma evolução”.
O calendário e as modalidades do fim da operação Barkhane serão apresentados no final do mês de Junho, garantiu o chefe de Estado. A França conta especialmente com o grupo de forças especiais europeias Takuba, que reúne 600 homens no Mali, metade deles são franceses, uma dezena de estonianos e tchecos e quase 140 suecos.(x) Fonte:RFI