O líder norte-coreano Kim Jong-un reconheceu formalmente que seu país enfrenta escassez de alimentos.
Em uma reunião de líderes seniores, o Sr. Kim disse que "a situação alimentar das pessoas está ficando tensa".
Ele disse que o setor agrícola não conseguiu cumprir suas metas de grãos devido aos tufões no ano passado, que causaram inundações.
Há relatos de que os preços dos alimentos dispararam, com a NK News relatando que um quilo de banana custa US $ 45 (£ 32).
A Coreia do Norte fechou suas fronteiras para conter a disseminação da Covid-19.
Como resultado, o comércio com a China despencou. A Coreia do Norte depende da China para alimentos, fertilizantes e combustível.
A Coreia do Norte também está lutando contra sanções internacionais, impostas por causa de seus programas nucleares.
O líder autoritário do estado de partido único falou sobre a situação alimentar no comitê central do Partido dos Trabalhadores, que começou esta semana na capital Pyongyang.
Durante a reunião, Kim disse que a produção industrial nacional cresceu um quarto em relação ao mesmo período do ano passado.
As autoridades deveriam discutir as relações com os EUA e a Coreia do Sul durante o evento, mas nenhum detalhe foi divulgado ainda.
Em abril, o Sr. Kim fez uma rara admissão de dificuldades iminentes, exortando os funcionários a "travar outra 'Marcha árdua', mais difícil, a fim de aliviar o nosso povo da dificuldade, mesmo que um pouco".
A Arduous March é um termo usado pelas autoridades da Coréia do Norte para se referir à luta do país durante a fome dos anos 1990, quando a queda da União Soviética deixou a Coréia do Norte sem ajuda crucial.
O número total de norte-coreanos que morreram de fome na época não é conhecido, mas as estimativas chegam a 3 milhões.(x) Fonte:BBC