A violência sexual no conflito ameaça a segurança humana e internacional, disse o chefe das Nações Unidas na quinta-feira.

Mensagem de Anthonio Guterres para o dia internacional pela eliminação da violência sexual em conflito no sábado, 19 de junho.

Na região de Tigray, no norte da Etiópia, este cirurgião destaca a dor enquanto a trata.

''Está ficando pior. No começo era o bombardeio e também a matança, mas depois as torturas foram ficando mais, tem mulheres que foram estupradas, algumas vieram, tiveram coragem de vir denunciar. Há muitos relatos de estupro, principalmente no lugar onde estávamos, mas é o mesmo em todo o Tigray. A matança continua '', disse Tewodros Tefera, um cirurgião e refugiado.

Uma jovem de 19 anos disse que foi estuprada por um soldado etíope. Agora ela está grávida de 6 meses.

Depois de não conseguir abortar sua gravidez, ela agora espera desesperadamente que um hospital local a ajude.

Derrotada e com raiva, ela deseja se juntar às fileiras da TPLF, o mais rápido possível.

"Eu quero ir. Se você ficar em casa, você vai morrer. Se você for lá, você vai morrer. Se eu for morrer de qualquer jeito, prefiro morrer lutando", disse ela.

As Nações Unidas descreveram a violência sexual em conflito como “tática cruel de guerra, tortura, terror e repressão”.

Guterres destacou a turbulência causada pela pandemia e disse que '' tornou ainda mais difícil responsabilizar os perpetradores de violência sexual ''.

“Mesmo enquanto respondemos à pandemia, devemos investigar todos os casos e manter serviços essenciais para todos os sobreviventes”, acrescentou.(x) Fonte: África News