Cinco indivíduos, de idades compreendidas entre os 31 e 58 anos, encontram-se sob custódia policial desde quarta-feira 16.06, na cidade de Maputo, indiciados de rapto de um empresário, de 31 anos, de nacionalidade indiana.
Trata-se de três moçambicanos que respondem pelos nomes de A. Cumba, A.Chivambo e E.Matola, e dois indianos, V. Datweni e R. Valappil, supostamente líderes do grupo. Os moçambicanos, dois são agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), sendo um membro do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na capital e outro agente de protecção afecto ao comando da província de Maputo.
Quatro dos indiciados foram apresentados hoje e o outro não compareceu alegadamente por motivos de doença. A vítima foi raptada no seu local de trabalho, no dia 14, e conduzida para uma residência usada como cativeiro no bairro das Mahotas, na cidade de Maputo, local onde permaneceu até ser resgatada pelas autoridades. Os dois moçambicanos indiciaram admitiram o envolvimento no crime, enquanto os dois indianos suspeitos negaram as acusações, assumindo, no entanto, ter arrendado a residência, usada como cativeiro.
Ester Chissano, proprietária da casa, referiu que arrendou a casa em Abril para duas pessoas, que pagaram 33 mil meticais equivalentes a três meses, e nunca desconfiou que a residência funcionaria como cativeiro. Segundo Hilário Lole, porta-voz do SERNIC, a detenção do grupo resultou de um trabalho de investigação efectuado em colaboração com a população.
Apontou que os sequestradores cobraram mais de 37 milhões de meticais à família da vítima pelo resgate, pagamento que, porém, não foi efectuado. “Após tomar conhecimento do rapto, a Policia lançou as investigações que culminaram na identificação da residência usada como cativeiro, onde foi possível resgatar a vítima, deter três indivíduos, no local, e, na sequência, presos mais dois identificados como mandantes”, explicou.(x) Fonte: Jornal Notícias