Segundo fontes pró-governamentais, confrontos entre rebeldes hutis e forças governmentais em Marib, no Iémen resultaram na morte de pelo menos 111 combatentes. Os combates entre as duas forças opostas decoreram no âmbito de uma ofensiva dos insurrectos hutis.
Os rebeldes hutis, que são apoiados pelo Irão, intensificaram nos últimos três dias a sua ofensiva, para apoderar-se de Marib, bastião pró-governamental no norte do Iémen.
Fontes pró-governamentais informaram que pelo menos 111 combatentes dos dois lados, morreram durante os confrontos.
As referidas fontes afirmam que no decurso dos combates ocorridos entre 24 e 27 de Junho de 2021 morreram 29 militares iemenitas e pelo menos 82 rebeldes hutis.
Dirigentes do Iémen declararam que desde quinta-feira, 24 de Junho,os combatentes hutis lançaram uma série de ataques intensivos, sucessivamente do norte, sul e oeste do país, mas foram incapazes de romper as linhas de defesa governamentais, apoiadas pelas forças aéreas da coligação árabe liderada pela a Arábia Saudita.
Segundo os mesmos dirigentes, os confrontos na zona de Marib caracterizaram-se nomeadamente por bombardeamentos de artilharia pelas duas forças opostas, assim como por intensivos ataques aéreos da coligação árabe, envolvida no conflito do Iémen desde 2014.
De acordo com os analistas, o controlo da região de Marib, rica em petróleo, contribuiria para reforçar a posição dos hutis na eventualidade de negociações de paz com o governo do Iémen.
Os combates ctuais, poderiam provocar uma catástrofe humanitária,pelo facto da região de Marib ter sido ocupada por populações que escaparam outras zonas de conflito no Iémen.
A guerra civil iemenita teve início em 2014, quando os rebeldes hutis apoderaram-se de Sanaa, capital do Iémen.
A ONU e os Estados Unidos têm envidado esforços para pôr termo ao conflito, enquanto os rebeldes exigem a reabertura do aeroporto de Sanaa, encerrado depois de um bloqueio pela Arábia Saudita a partir de 2016.
Morreram várias dezenas de milhares de pessoas e 80 porcento dos iemenitas dependem de ajuda, desde que se iniciou a guerra civil, na qual a ArábiaSaudita e os seus parceiros da coligação militar apoiam o governo do Iémen.
O conflito ignorado do Iémen provocou milhões de deslocados e deixou milhões de pessoas, com destaque para crianças, à beira da fome. (x) Fonte: RFI