aim logo

aim logo

sexta-feira, 11 dezembro 2020 08:56

Confrontos paralisam equipas no megaprojeto de gás em Cabo Delgado

Trabalhadores do megaprojeto de gás natural em Cabo Delgado, norte de Moçambique, foram aconselhados a ficar em casa na terça-feira e hoje, após um ataque a uma aldeia próxima da área de obras.

De acordo com testemunhos ouvidos pela Lusa na vila de Palma (adjacente ao megaprojeto), apenas pequenos autocarros, transportando trabalhadores das obras do porto de Afungi – local de implantação da zona industrial de processamento de gás – têm circulado, com escolta militar.

As restantes equipas de outros empreiteiros que ali laboram noutras infraestruturas, num total que ascende a centenas de pessoas, deixaram de circular desde terça-feira e hoje continuaram paralisadas, acrescentaram as mesmas fontes.

Segundo uma outra fonte, foram adiadas reuniões na área do megaprojeto, devido a restrições de segurança.

As medidas surgem depois de, na segunda-feira à tarde, um grupo de rebeldes ter atacado Mute, povoação a menos de 25 quilómetros do recinto de construção da Área 1, consórcio liderado pela petrolífera francesa Total.

Já noutras ocasiões, nos últimos três anos, as obras daquele que é o maior investimento privado em curso em África – a rondar os 20 mil milhões de euros – têm sido suspensas temporariamente devido a ataques nas proximidades.

A Lusa tentou obter esclarecimentos junta da Total, mas sem resposta até ao momento.

De acordo com fontes locais, os insurgentes que entraram a matar na aldeia de Mute enfrentaram uma resposta das forças moçambicanas com apoio de helicópteros.

Desconhece-se o número de baixas militares ou civis na sequência deste ataque.

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) repeliram os rebeldes.

Os confrontos deram origem a nova fuga generalizada da população de Mute e aldeias vizinhas em direção a Palma e Afungi.

Hoje continua a verificar-se esse movimento de população, a pé, relatou fonte local à Lusa.(x) Fonte: LUSA

Visualizado 483 vezes