O líder da Junta Militar da Renamo acusa as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique de sequestrar seis membros da sua família. A acusação pode minar a aproximação ao diálogo com o Governo, tendo em vista o fim da violência armada no centro do país.
Foi num contacto telefónico que o líder da autoproclamada Juntar Militar, general Mariano Nhongo, denunciou o sequestro nos últimos dias de dois filhos, três netos e uma nora, pelas Forças de Defesa e Segurança, algures no distrito de Gondola, província de Manica.
“Militar é o pai. O filho não é militar. O meu filho a todo o momento chora, quer que esteja em casa com ele. Agora, qual é a razão de sequestrar os meus filhos?”, questiona Mariano Nhongo.
As declarações do líder da autoproclamada Juntar Militar mereceram um desmentido do chefe das relações públicas da polícia em Manica, Mário Arnaça: “Em toda a província de Manica não registamos nenhum caso de rapto. Portanto, aconselhamos o líder da Junta Militar da Renamo a aproximar-se de uma subunidade policial para registar a queixa, para depois encetarmos algumas diligências com vista a esclarecermos este caso”.
A polícia moçambicana convida também a Junta Militar, que é acusada de protagonizar ataques armados contra alvos civis na província de Manica e Sofala, no centro de Moçambique, a aderir ao processo de Desmobilização, Desmilitarização e Reintegração em nome da paz.(x) Fonte rFi