O Banco Mundial aprovou, na última sexta-feira, uma doação de 100 milhões de USD da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), em apoio ao Projecto de Transformação Urbana de Maputo. Em comunicado de imprensa, recebido na nossa Redacção, o Banco Mundial explica que o projecto financiará investimentos críticos em infra-estrutura urbana e apoiará a implementação de reformas municipais.
“Este investimento irá, em última instância, alavancar o papel da cidade de Maputo, enquanto motor económico, através de investimentos em infra-estruturas e serviços urbanos, assim como reformas que garantam que a urbanização contribua para o crescimento económico, redução da pobreza e transformação estrutural”, afirma, citado pela nota, a Directora do Banco Mundial para Moçambique, Idah Z. Pswarayi-Riddihough.
Especialista urbano sénior no Banco Mundial e líder da equipa do Projecto, André Herzog, lembra que a urbanização não beneficiou, por igual, a todos na capital do país, visto que a cidade de Maputo se expandiu de forma informal, sem um planeamento urbano eficaz e sem investimentos necessários em infra-estruturas básicas e segurança da posse de terra. Por isso, aponta o especialista, “a maior parte dos fundos do projecto beneficiará os pobres urbanos, investindo na melhoria dos assentamentos informais.”
O comunicado do Banco Mundial detalha que o financiamento do Projecto visa, essencialmente, enfrentar dois dos maiores desafios que a cidade enfrenta, nomeadamente, a construção do seu primeiro aterro sanitário e desactivação do aterro sanitário de Hulene e a implementação de um Plano Urbano para o Distrito Municipal de KaTembe, onde se espera ocorra a maior parte do futuro crescimento urbano.
“Este último inclui a demarcação de terras, construção de infra-estruturas urbanas prioritárias e implementação de assentamentos e serviços para famílias de baixa renda. Esta componente criará incentivos para melhores serviços de gestão de resíduos sólidos, restaurará os meios de subsistência para catadores informais e aumentará as práticas de reutilização ou reciclagem”, refere o comunicado.
Além dos referidos objectivos, a nossa fonte aponta que o Projecto investirá no acesso à água potável e no saneamento, bem como na revitalização do centro da Cidade de Maputo, conhecido como Baixa, por estar a perder cada vez mais sua importância económica e, não menos importante, ajudar os actuais esforços para mitigar o impacto económico da Covid-19 junto dos grupos mais vulneráveis de Maputo. (x) Fonte: Carta