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quarta-feira, 16 dezembro 2020 06:25

Chefe da diplomacia da UE escolhe um enviado para Moçambique

Josep Borrell Josep Borrell

Impossibilitado por questões de agenda de deslocar-se a Moçambique, o chefe da diplomacia europeia nomeou o futuro presidente do Conselho da EU, Augusto Santos Silva, como seu representante numa visita ao país.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, revelou esta terça-feira, (15.12), que pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, que se desloque a Moçambique como seu enviado, para abordar com as autoridades locais a situação em Cabo Delgado. 

"Pedi ao ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que assumirá a presidência [do Conselho da UE] dentro em breve, que se desloque à região como meu enviado pessoal, já que eu não posso ir por questões de agenda", anunciou Borrell durante um novo debate no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sobre a crise humanitária e de segurança no norte de Moçambique.

E acrescentou ainda: "Pedi-lhe, como colega do Conselho, que dedique especial atenção durante a sua presidência ao que ocorre neste país, que de resto Portugal conhece muito bem".

As reclamações na UE

Estas declarações do chefe da diplomacia europeia, surgem poucos dias depois de vários eurodeputados voltarem a reclamar um papel mais ativo e urgente da União Europeia face à crise humanitária em Moçambique.

As queixas tiveram lugar no início deste mês num debate sobre a situação na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, realizado conjuntamente nas comissões de Negócios Estrangeiros e de Desenvolvimento do Parlamento Europeu.

O debate contou com a participação da nova responsável pela política externa europeia em África, Rita Laranjinha, que admitiu ter também ficado "chocada e horrorizada com as atrocidades reportadas", que exigem que "todos os parceiros de Moçambique, incluindo a UE e os seus Estados-membros" prestem o apoio necessário.

A crise humanitária provocada pelos ataques armados na província de Cabo Delgado já provocaram mais de 500 mil deslocados.(x) Fonte: DW

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