O ato aconteceu em Morrumbene e até agora não se conhecem os malfeitores. "Tiraram as imagens de Jesus Cristo e partiram a cabeça, levaram e foram arrumar em frente do altar", conta o secretário da Igreja na província.
A vandalização aconteceu no dia 21 de dezembro na paroquia da igreja católica de Morrumbene, em Inhambane, sul de Moçambique. Os criminosos tentartram abrir o sacrário e depois destruiram todas as imagens de Jesus Cristo, a coroa do Santo António e vários outros objetos.
João Vicente é secretario da igreja católica em Morrumbene e conta que "tiraram as imagens de Jesus Cristo e partiram a cabeça, levaram e foram arrumar em frente do altar, tiraram a imagem do santo António colocaram ao lado esquerdo de Jesus aí no altar, levaram um fio que parece ser dos indianos ou momentanos [muçulmanos] e colocaram na imagem do menino Jesus Cristo, havia um livro islâmico”.
Carlitos José Mazive, representante das igrejas no distrito de Morrumbene, diz que "é a primeira vez que isso acontece e deixou-nos muito preocupados, por isso estamos aqui para ver em in-loco”.
Issufo Ismael, presidente da Comunidade Muçulmana, qualificou a atitude de bárbara e distancia-se dela. Descarta ainda qualquer conflito religioso entre as duas religiões.
"Nós como muçulmanos condenamos veementemente esta atitude bárbara e queremos que se viva um ambiente saudável", afirma Isamel e por isso pede: "apelo a policia que continue a trabalhar porque nos queremos paz e que isto não volte acontecer”.
Polícia está a investigar
Solane Macamo, presidente da associação filosófica em Inhambane, questiona o ato e acredita que pode se tratar de uma vaga de ódio e terror e questiona: "Porque desse espírito em Inhambane? As vagas do terror em Moçambique exitem que são estas que nos temos a vista. As pessoas devem estar instruídas num espírito de combate ao ódio e terror”.
O bispo da diocese de Inhambane, Adriano Langa, emitiu um comunicado onde considera a vandalização como "uma agressão do diabo ao nosso Deus, seja qual for a intenção que inspirou tal ato".
Juma Aly Dauto, porta-voz da Policia da República de Moçambique (PRM) em Inhambane, diz que é prematuro para falar sobre este assunto, porque ainda está no departamento de investigação criminal.
"É mesmo com a SERNIC (Serviço Nacional de Investigação Criminal) que esta em frente disso”, diz.(x) Fonte: DW