Segundo o relatório intitulado “Impact of COVID-19 on the welfare of households with children” (Impacto da COVID-19 no bem-estar dos agregados familiares com crianças), como parte do apoio do UNICEF Moçambique à continuidade dos serviços durante a pandemia da COVID-19, e a análise do impacto indirecto da COVID-19 na mortalidade materna e infantil, foram analisadas tanto as estimativas nacionais como provinciais em Maputo, Zambézia e Nampula, comparando os dados de utilização dos serviços de Abril a Agosto de 2020 com o mesmo período em 2019 (pré-pandemia).
Com base nos dados disponíveis, o grupo mais afectado pela interrupção dos serviços experimentada entre Abril e Agosto de 2020 são as intervenções relacionadas com crianças com menos de cinco anos de idade. Isto inclui a gestão de casos de doenças infantis e a vacinação.
Outro grupo de intervenções, também significativamente afectado, foi o planeamento familiar. Globalmente, o grupo-alvo mais severamente afectado pelo efeito de mortalidade pela interrupção dos serviços são as crianças com menos de cinco anos de idade, seguidas pelo grupo materno e nado-morto, sendo o grupo neonatal o menos afectado.
O factor de mortalidade por natimorto é a diminuição da utilização do rastreio e tratamento da sífilis durante a gravidez. Estas conclusões sublinham a necessidade de continuar a investir na manutenção e melhoria dos serviços essenciais de saúde durante as emergências, tais como a pandemia da COVID-19, e esta prova permite ao Ministério da Saúde defender a mobilização de fundos para os grupos-alvo mais vulneráveis.(x) Fonte: OPais