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sábado, 26 dezembro 2020 06:07

Cabo Delgado: Bispo de Pemba aborda “grave situação humanitária” no Vaticano

Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo de Pemba Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo de Pemba

O bispo de Pemba foi recebido sexta feira, (18.12), pelo Papa Francisco numa audiência que durou 40 minutos. O chefe de Estado do vaticano manifestou "proximidade e grande amor" pelo povo de Cabo Delgado.

O Papa Francisco manifestou a sua "proximidade e grande amor" pelas comunidades afetadas pela violência armada na província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, disse o bispo de Pemba. Luiz  Fernando Lisboa foi recebido pelo pontífice na sexta feira, (18.12).

"Durante a audiência de 40 minutos, o bispo de Pemba informou o Papa Francisco sobre a grave situação humanitária [em Cabo Delgado]. O bispo disse que o Papa falou da sua preocupação para com o povo sofredor de Cabo Delgado, bem como com todos os moçambicanos", cita o Vaticano News.

No início deste mês, o Papa Francisco doou 100 mil euros para apoiar deslocados da violência em Cabo Delgado, "num gesto de caridade pastoral".  O valor destina-se a erguer dois postos de saúde que dentro de dois a três meses deverão começar a atender deslocados.

O apoio do Papa

Já em agosto, o bispo de Pemba tinha recebido um telefonema do Papa onde este "demonstrou a sua proximidade com todos aqueles que estão a sofrer, que estão a viver com medo e a dormir nas matas”, segundo contou, na altura, Luiz Fernando Lisboa à DW África.

A Organização das Nações Unidas anunciou na semana passada que precisava 207 milhões de euros para garantir a assistência humanitária às populações deslocadas devido à violência armada em Cabo Delgado, no Norte de Moçambique.

A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil deslocados, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba. Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.(x) Fonte: DW

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