Segundo o Presidente moçambicano, todas as bases da RENAMO deverão encerrar até ao fim de 2022. Sobre o terrorismo em Cabo Delgado, Filipe Nyusi diz que a ação dos grupos armados foi limitada a "ataques esporádicos".
"Até ao fim de 2022, as quatro bases restantes da RENAMO poderão ser encerradas", afirmou o chefe de Estado moçambicano na abertura da quinta sessão do comité central da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, do qual é presidente.
No âmbito do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), já foram desativadas 12 das 16 bases que o braço armado do principal partido da oposição tinha, acrescentou Filipe Nyusi.
O líder da FRELIMO avançou que 68% dos cerca de cinco mil guerrilheiros da RENAMO já foram desmobilizados, "estão nas suas casas" e em reintegração social.
Apesar do sucesso do DDR, prosseguiu, o Governo vai continuar o diálogo com a RENAMO visando a preservação da paz: "Defendemos que a paz, estabilidade, unidade e progresso devem constituir o interesse supremo de todos os moçambicanos", concluiu Filipe Nyusi.
Terrorismo em Cabo Delgado
Durante a abertura da quinta sessão do comité central da FRELIMO, esta sexta-feira (27.05), o Presidente moçambicano disse ainda que a ação dos grupos armados que atuam na província de Cabo Delgado está agora limitada a "ataques esporádicos", afastando a tentação de "discursos triunfalistas" no combate ao terrorismo, apesar dos "progressos".
"Nos últimos tempos, os terroristas, cada vez mais enfraquecidos, protagonizam ataques esporádicos em pequenos grupos, por vezes, com o objetivo de roubar comida", declarou Filipe Nyusi.
Filipe Nyusi assinalou que o país deve continuar a apostar no aumento da sua capacidade de defesa contra as ameaças à segurança, mesmo contando com parceiros internacionais na guerra em Cabo Delgado. Por outro lado, deve investir no desenvolvimento social e económico da província e da região norte, sublinhou.(x) Fonte: DW