A vítima chama-se Chea Amisse, um dos recrutados para as fileiras dos terroristas no distrito de Mocimboa da Praia no ano de 2018.

O jovem agora nas mãos das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) afirma ter recebido 100 mil meticais para entrar no grupo dos malfeitores.

"Eu e 142 jovens fomos recrutados pelo terroristas, após de nos ingressar no deles, nos ensinaram a usar armas de fogo, passando um tempo aprendemos tudo, e começamos a trabalhar com os Al-Shababi, mas tudo isso, não era minha livre e espontânea vontade, fomos todos enganados com dinheiro.

O meu chefe na altura o Ibin Omar, num certo dia depois de eu ter roubado uma bicicleta, ele queria que lhe oferecesse a mesma, e eu não queria, daí que ele decidiu cortar a minha mão direita como forma de castigo por ter negado dar-lhe a bicicleta que tinha roubado" - Disse Chea Amisse, antigo terrorista que era o guarda-costas do Ibin Omar.

Chea Amisse foi um dos jovens que ajudou ha tres semanas, as Forças de Defesa e Segurança a desmantelarem duas bases estratégicas dos terroristas no distrito de Macomia.

"É um exemplo de poucos moçambicanos, aos demais apelamos que se entreguem as nossas forças, como podem ver ele (Chea Amisse) não foi maltrado pelas nossas forças após ele se entregar, um dos braços dele foi cortado pelo um terrorista, então não faz sentido entrar no grupo dos insurgentes" - Disse Omar Salanga, Coordenador do Teatro Operacional Norte em Cabo Delgado.(x)

Por: Morais Selemane