Segundo o governo provincial, a reconstrução da vila de Mocímboa da Praia vai incluir o reordenamento urbano para melhorar as condições de segurança das populações que estão de regresso.
A reconstrução da vila de Mocímboa da Praia, umas das mais afetadas pela insurgência armada em Cabo Delgado, vai incluir o reordenamento urbano para melhorar a vida das populações e reforçar a segurança dos bairros.
Em entrevista à Rádio Moçambique, Reinildo Jamane, diretor dos Serviços Provinciais do Ambiente em Cabo Delgado, explicou que "há necessidades de rever [o ordenamento], de modo que as populações que estão de regresso tenham melhores condições”.
Após mais de um ano nas "mãos" de rebeldes, Mocímboa da Praia foi saqueada e quase todas as infraestruturas públicas e privadas foram destruídas, bem como os sistemas de energia, água, comunicações e hospitais.
No total, cerca de 62 mil pessoas, quase a totalidade da população, abandonaram a vila costeira devido ao conflito nos últimos quatro anos, com destaque para as fugas em massa que ocorreram após a intensificação das ações rebeldes em junho de 2020.
Segundo o diretor dos Serviços Provinciais do Ambiente em Cabo Delgado, o reordenamento da vila vai também servir para melhorar as condições de segurança paras populações que gradualmente regressam às suas zonas de origem.
De acordo com o Ministério da Administração Estatal e Função Pública, a reabilitação de infraestruturas do Estado destruídas em pelo menos sete distritos afetados pelo conflito armado em Cabo Delgado vai custar perto de 638 milhões de meticais (cerca de 10 milhões de euros). Deste valor, a maior parte será aplicada em Mocímboa da Praia.
Dados da Organização Internacional das Migrações indicam que o conflito em Cabo Delgado provocou já 800 mil deslocados interno e a morte de pelos menos quatro mil pessoas.(x) Fonte: DW