Às vésperas das comemorações de ano novo e no auge da temporada de turismo, epidemiologistas alertam para os riscos de pessoas participarem de aglomerações e aumentarem a transmissão do vírus. O impacto, explicam os médicos, começa no local da festa e depois coloca em risco familiares, colegas de trabalho e outras pessoas do convívio social que não necessariamente participaram de comemorações.
Oportunidade para aglomerar não tem faltado: São Paulo, Rio de Janeiro e destinos turísticos como Trancoso e Caraíva, na Bahia, são alguns dos vários locais onde festas irregulares (com aglomeração e sem uso de máscara) vêm sendo registradas, às vezes interrompidas por bombeiros ou pela Polícia Militar
"Nem todo mundo tem a percepção de que o problema é que ele vai ser o transmissor para o pai dele ou que vai passar doença para o amigo, que vai passar para o pai. As pessoas não têm percepção de quanto fazem parte dessa cadeia", diz o epidemiologista Márcio Bittencourt.
Pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, ele diz que quem vai participar de festas deve entender que "existe chance, que não é pequena, de isso se tornar uma complicação para o pai de algum deles, mãe de algum deles, talvez para a avó".(x) Fonte: BBC