O guitarrista e compositor moçambicano falava durante uma saudação do Ministério da Cultura e Turismo, em virtude da conquista de dois prémios internacionais, no último domingo.
Depois do reconhecimento internacional, no passado domingo, na África do Sul, onde o guitarrista moçambicano, Jimmy Dludlu, foi distinguido nas categorias Carreira e Melhor Álbum de Jazz de África, esta terça-feira, foi a vez de receber os “parabéns” nacionais.
A ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula agradeceu ao artista, por considerar que o seu contributo tem servido para o reconhecimento da cultura moçambicana na diáspora.
Para Eldevina Materula, o que a África do Sul fez foi devolver ao artista o que ele tem dado à sociedade, por isso “estamos muito orgulhosos. Esta conquista prova foco e determinação. Foco porque as convicções superam quaisquer dificuldades, que são o segredo para o sucesso”.
Jimmy Dludlu agradeceu a todos os que contribuíram para a sua evolução profissional.
“Desde 1995 que gravo na África do Sul e estou muito grato pelo reconhecimento da minha contribuição na industrial cultural daquele país. Estou grato ainda pelo reconhecimento do Ministério da Cultura. Não é todo dia que se chama alguém do Chamanculo. Estamos aqui para enaltecer a nossa cultura e o nosso bairro”, afirmou.
Apesar de ser grato pelo reconhecimento internacional, Jimmy Dludlu lamenta pelo facto de não sentir o apoio e reconhecimento dos artistas moçambicanos, a nível nacional,
“O que posso fazer, irmão? Ainda que chore profundamente aqui, em Moçambique (…) nada acontece. O que posso fazer? Só posso colocar tudo nas mãos de Deus e continuar a fazer o meu trabalho. Deus é que sabe.”
History in a frame é o título do melhor Álbum de Jazz da África do Sul, designação concedida pelo concurso South African Music Awards (SAMAs). Constituído por 20 faixas originais, é o álbum de Jimmy Dludlu, um guitarrista com mais de 30 anos de carreira.(x) Fonte: O Pais