O Presidente russo assinou, esta sexta-feira, os tratados de anexação das regiões ucranianas sob seu domínio, apesar da condenação internacional e da Ucrânia. Já a Ucrânia apresentou formalmente o pedido de adesão à NATO.
A guerra russo-Ucrânia está a ganhar novos contornos.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou, em Moscovo, os tratados de anexação dos territórios ucranianos de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia à Rússia.
Após a assinatura dos tratados, Putin falou aos russos e aos líderes pró-russos presentes no evento.
De acordo com o líder russo, a anexação dos territórios apenas foi o cumprimento da “decisão inequívoca” dos cidadãos daqueles territórios, manifestada em referendo não reconhecido por Kiev nem pela comunidade internacional.
Vladimir Putin também apelou à Ucrânia para cessar imediatamente os ataques e comprometeu-se a defender o território russo com todos os meios.
Pouco depois do discurso de Putin, do outro lado da Ucrânia, Volodymyr Zelensky apresentou formalmente o pedido de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O Presidente ucraniano justificou a pretensão de entrar na OTAN com a necessidade de proteger o povo ucraniano.
Quem não ficou indiferente à anexação dos territórios ucranianos é a união europeia.
Num comunicado de imprensa, o bloco europeu diz que:
“Não reconhecemos e nunca reconheceremos os ‘referendos’ ilegais que a Rússia engendra como pretexto para esta violação adicional da independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia, nem os seus resultados falsificados e ilegais. Jamais reconheceremos essa anexação ilegal. Estas decisões são nulas e sem efeito e não podem produzir qualquer efeito jurídico. Crimeia, Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Lughansk são a Ucrânia. Apelamos a todos os Estados e organizações internacionais para que rejeitem inequivocamente esta anexação ilegal”.
A união europeia reiterou que está firmemente ao lado da Ucrânia e continuará a prestar um forte apoio económico, militar, social e financeiro enquanto for necessário.(x) Fonte: O Pais